Em 2024, o Programa Escola e Comunidade (Proec), do Ministério da Educação (MEC), vai beneficiar 22.407 escolas por todo o Brasil, com um investimento de R$ 60,3 milhões para a implementação de mais de 22 mil projetos educacionais. O Proec promoverá cerca de 67 mil atividades que envolverão 7 milhões de estudantes, 1,3 milhão de profissionais da educação e mais de 7 milhões de familiares e membros das comunidades locais.
Sob a coordenação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, o Proec, criado pela Portaria nº 264/2024 em abril deste ano, visa fortalecer o vínculo entre escolas, famílias e a comunidade, estimulando uma educação integral que promova a cidadania, a paz e a democracia, além de aprimorar a qualidade da educação pública.
Amplo alcance e investimentos
Com adesão de todos os estados e do Distrito Federal, o Proec alcança 7.170 escolas estaduais, que receberão R$ 19,7 milhões em recursos, e 15.237 escolas municipais, em 2.668 cidades, com um aporte de R$ 40 milhões para as redes municipais. No total, as regiões do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul terão, respectivamente, 3.893, 13.072, 914, 3.940 e 588 escolas contempladas, evidenciando um alto nível de participação.
Para a Secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt, o programa reforça a necessidade de uma visão integrada da educação, onde projetos colaborativos e temas atuais como direitos humanos, cultura de paz, tecnologias de informação e atividades culturais possam se expandir no ambiente escolar. “Esses projetos promovem uma educação que transcende o ensino formal, incluindo práticas culturais, esportivas, de lazer, e reflexão sobre cidadania e convivência social”, afirmou.
Iniciativas para fortalecer as relações na escola
Entre as ações do Proec, todas as escolas participantes desenvolverão a oficina “Desafios da comunicação nas relações do cotidiano no ambiente escolar”, com foco na reflexão sobre a violência e na melhoria das relações escolares. Segundo Lourival Martins, diretor de Formação Docente da SEB, o objetivo é reforçar o papel da família e da comunidade e desmistificar a violência como algo natural, promovendo um olhar atento sobre o ambiente escolar.
“A dinâmica e o ritmo de cada escola variam conforme o contexto e as pessoas que atuam nela. A proposta é construir soluções colaborativas e adaptadas a cada realidade, criando um ambiente de aprendizagem e respeito mútuo”, ressaltou Martins.