Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram o menor índice já registrado para o mês de fevereiro.
2024/2025
Em 2025, foram detectados 80,95 km² de áreas desmatadas, uma redução de 64,26% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o desmatamento atingiu 226,51 km². O ano de 2023 havia marcado o pior cenário, com 321,97 km² de alertas de desmatamento no mês de fevereiro.
Os alertas são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), uma ferramenta desenvolvida para apoiar a fiscalização e o controle de desmatamento e degradação florestal, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros órgãos ambientais.
A Amazônia Legal, que abrange 59% do território brasileiro e inclui os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, registrou Mato Grosso como o estado com maior área desmatada em fevereiro de 2025 (29 km²), seguido por Roraima (18 km²), Pará (15 km²), Amazonas (11 km²), Maranhão (4 km²), Rondônia (3 km²) e Acre (2 km²).
Cerrado também apresenta queda no desmatamento
O bioma Cerrado também registrou uma redução nos alertas de desmatamento em fevereiro de 2025, com 494,05 km² de áreas desmatadas, contra 655,51 km² no mesmo período de 2024, que havia sido o pior ano da série histórica iniciada em 2019. Os estados que lideraram o ranking de desmatamento no Cerrado foram Piauí (118,1 km²), Bahia (104,71 km²) e Tocantins (97,45 km²). Mato Grosso (52,81 km²) e Maranhão (57,4 km²) apresentaram índices menores.
Compromisso com o desmatamento zero até 2030
O Governo Federal tem reforçado suas políticas públicas para combater o desmatamento, reafirmando o compromisso do Brasil com a meta de desmatamento zero até 2030.
Uma das principais iniciativas foi a reativação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), originalmente lançado em 2004 e interrompido em 2019. O plano foi retomado em 2023 e mantém quatro eixos estratégicos: ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle ambiental, fomento às atividades produtivas sustentáveis e instrumentos normativos e econômicos.
Além disso, o governo estabeleceu uma parceria de R$730 milhões com municípios da Amazônia para combater o desmatamento e os incêndios florestais. Os recursos, provenientes do Fundo Amazônia e do programa Floresta+, serão investidos até 2027 em ações como regularização fundiária e ambiental, assistência técnica para produção sustentável e criação de brigadas municipais de combate a incêndios.
Esforço para preservar o meio ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima também identificou municípios prioritários no bioma para intensificar ações de prevenção, controle e redução do desmatamento e da degradação florestal.
A queda nos índices de desmatamento na Amazônia e no Cerrado reflete os esforços do governo e da sociedade civil para preservar os biomas brasileiros, essenciais para o equilíbrio climático global e a biodiversidade. A continuidade dessas políticas é vista como fundamental para alcançar as metas ambientais do país e garantir a sustentabilidade a longo prazo.
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