Hidrogênio verde é peça fundamental para neutralizar emissões de carbono

Autor: Redação Revista Amazônia

Considerado o combustível do futuro, por sua baixa emissão de carbono, o Hidrogênio Verde é uma peça-chave para que se alcance a neutralidade climática até 2050. Pensando nisso, o Congresso Brasileiro de Geração de Energia Renovável – Ecoenergy terá o painel “Oportunidades e desafios no desenvolvimento de projetos integrados de energia renovável e hidrogênio” no dia 22 de setembro, às 16h30.

O simpósio que encerra os três dias de Congresso no WTC Events Center, em São Paulo, apresentará considerações sobre desenvolvimento de projetos, além de analisar o mercado e o cenário político-global. “Para atingir a neutralidade climática até 2050, meta que é adotada por diversos países, será preciso de diversas soluções que reduzam as emissões de carbono e uma delas seria o hidrogênio”, explica Luana Gaspar, Head de descarbonização e ESG da PSR Energy Consulting, que será uma das participantes do painel.

Obtido através da eletrólise da água, utilizando apenas fontes renováveis, o hidrogênio verde pode ser utilizado na aviação, no transporte marítimo e no transporte de longa distância com caminhões. Na aviação e navegação, se pensa principalmente em seu uso a partir de combustíveis derivados. Além disso, também é aplicável na indústria, como na produção de aço, fertilizantes e plásticos.
“O grande entrave da produção de hidrogênio verde, é o custo de quase quatro vezes mais do que o hidrogênio cinza, que é produzido a partir do gás natural. Para aumentar sua produção, o Brasil precisa encontrar consumidores dispostos a pagar esse valor adicional. Com a Europa querendo atingir sua meta de importação de 10 milhões de toneladas até 2030, pode ser que surjam modelos de incentivo europeus para projetos de produção externa, permitindo em alguns casos a formação de contratos de longo prazo para a compra desse hidrogênio”, completa Luana Gaspar.

Brasil em alta

Apesar de fatores financeiros serem entraves, o Brasil tem muita capacidade de se tornar um exportador de hidrogênio no médio ou longo prazo, desde que haja uma redução no custo. Desta maneira, o negócio passará a ser escalável, ficando mais barato até chegar o momento de paridade com o hidrogênio cinza.

“Temos condições plenas de produzir em escala um hidrogênio verde barato, dado o alto nível de renováveis em nossa matriz e a ampla capacidade de expansão das tecnologias de geração renovável. No curto prazo, esse hidrogênio seria destinado para exportação, mas no longo prazo, com a redução de seu custo e a possível adoção de políticas governamentais para reduzir as emissões brasileiras, poderá haver espaço também para seu uso no mercado doméstico. Por fim, ainda vejo potencial do hidrogênio verde ser usado como um building block, ou seja, uma matéria-prima para outros produtos verdes de maior valor agregado”, destaca a especialista.

Para encerrar, Luana Gaspar aponta que um exemplo disto é a aplicação do hidrogênio verde na fabricação de fertilizantes, ao invés de se produzir com hidrogênio a partir do gás natural. A Unigel e a Yara já anunciaram projetos de produção de amônia verde, um sendo produzido a partir da eletrólise e o outro a partir de biometano.

Serviço

Congresso Ecoenergy 2023
Data: 20 a 22 de setembro
Local: World Trade Center Events Center
Endereço: Avenida das Nações Unidas, 12.551, Brooklin Novo, São Paulo, Brasil
Inscrições: https://congressoecoenergy.com.br/
Mais informações através do e-mail [email protected] ou dos telefones: (11) 5585-4355 e (11) 3159-1010.


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