As ações da Vale (VALE3) registraram uma queda significativa de 4,61% na última sexta-feira, 8 de novembro de 2024, fechando a R$ 60,63. Essa desvalorização resultou em uma perda de aproximadamente R$ 15,7 bilhões no valor de mercado da companhia, que agora totaliza R$ 277 bilhões.
Queda nas ações da Vale
Esse movimento negativo está diretamente relacionado à decepção dos investidores com a ausência de novos estímulos econômicos por parte da China, principal consumidora de minério de ferro. O Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo Chinês aprovou projetos de lei que permitem aos governos locais alocar 10 trilhões de iuanes para reduzir dívidas ocultas, mas não anunciou medidas fiscais adicionais que pudessem impulsionar a demanda por commodities.
Como consequência, os contratos futuros de minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerraram o dia com queda de 1,65%, a 776 iuanes (US$ 108,45) por tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência para dezembro recuou 2,16%, para US$ 103,25 por tonelada.
A falta de novos estímulos chineses afetou não apenas a Vale, mas também outras empresas do setor. As ações da CSN Mineração (CMIN3) caíram 5,49%, fechando a R$ 5,85, enquanto a CSN (CSNA3) recuou 4,39%, para R$ 11,75. Usiminas (USIM5) registrou queda de 6,02%, encerrando a R$ 6,25. A Gerdau (GGBR4) foi a exceção, com leve recuo de 0,20%, fechando a R$ 20,46.
Analistas apontam que a ausência de medidas fiscais mais robustas por parte da China, aliada à perspectiva de aumento da oferta de minério de ferro por grandes mineradoras, contribuiu para a pressão negativa sobre os preços da commodity e, consequentemente, sobre as ações das empresas do setor.