A Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes) da Polícia Científica do Pará (PCEPA) promoveu, na semana passada, o Workshop Banco de Dados Forenses. O evento foi organizado com o objetivo de divulgar os principais bancos de dados do órgão, apresentados por peritos criminais, e teve a presença de forças que compõem a segurança pública, como representantes das polícias Militar e Civil.
Foto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPAO perito criminal e gerente de inteligência e análise do Centro de Inteligência Periciais, Mário Guzzo Jr., apresentou o workshop “Uso de Dados de Vestígios Periciais na Produção de Conhecimento de Inteligência de Segurança Pública”. A palestra explorou a importância de explorar o potencial das informações dos vestígios criminais. “A introdução de dados de vestígios criminais em uma estrutura de inteligência permite uma avaliação analítica amplificada, que busca conectar informações entre múltiplos casos. Abre a possibilidade de formação de uma rede de bancos de dados de vestígios periciais, que pode ser construída por atributos de entes originados de análises periciais, provenientes de locais de crime ou exames de corpo de delito, interconectadas de modo a revelar associações e relacionamentos entre diferentes casos”, explicou o perito.
Foto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPAA perita criminal Elzemar Rodrigues, gerente do laboratório de DNA, fez uma apresentação sobre o Banco de Perfis Genéticos, que compartilha perfis genéticos tanto dos vestígios coletados em local de crime, quanto dos vestígios humanos, realizando buscas a nível local e nacional para verificar possíveis relações. Além disso, foi apresentado o banco de dados de pessoas desaparecidas, em que são cadastrados perfis genéticos de cadáveres não-identificados e com os possíveis familiares, buscando a identificação.
Foto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPAIBIS – O perito criminal Paulo Bentes, lotado no Núcleo de Balística Forense, apresentou a participação da PCEPA no Banco Nacional de Perfis Balísticos, que hoje conta com o aparelho de microbalística IBIS. “Este banco veio para aumentar a resolutividade das ações penais em que há o envolvimento de arma de fogo, pois a análise será relacionada a todo o ambiente nacional, integrando as polícias de todo o Brasil, aumentando a resposta do Estado referente à segurança, e isto foi apresentado nesta palestra”, afirmou o perito.
Foto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPA“O Workshop teve como objetivo principal a divulgação da importância da integração entre os órgãos da segurança pública para a atualização e compartilhamento estratégico das informações relevantes sobre vestígios que podem auxiliar no processo criminal” explicou o perito criminal Alberto Sá, que coordena a Coapes.
Foto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPANa ocasião, houve a aproximação de forças policiais, quando se iniciou a discussão acerca de um protocolo integrado entre entes de segurança pública, como afirmou o delegado Erisson Leal, da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA/DRCO): “o Protocolo Integrado é um comitê de enfrentamento aos crimes violentos contra instituições financeiras e ataques aos carros fortes, por meio da união de vários órgãos, sendo polícias Civil, Científica e Militar, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), Departamento de Trânsito do Pará (Detran) e Corpo de Bombeiros do Estado. Visamos à criação de um manual que irá gerar procedimentos entre todos os agentes que atuam em casos específicos, evitando decisões isoladas, aumentando a comunicação sobre formas de atuação dos órgãos em crimes específicos. É louvável que a Polícia Científica tenha trazido representantes de outros órgãos para debater esse tema tão importante”.
Texto: Amanda Monteiro – Ascom/PCEPA