De acordo com dados divulgados pelo sistema de monitoramento Copernicus, o sudoeste da Amazônia se destacou nos últimos dias como a maior emissora de gases de efeito estufa em todo o planeta. Esse aumento é resultado da alta concentração de aerossóis e monóxido de carbono na região, ambos responsáveis por agravar o aquecimento global, prejudicando o equilíbrio climático e colocando em risco a biodiversidade local. Desde o início do ano até 9 de setembro, a Amazônia já registrou mais de 82 mil focos de queimadas, o dobro do observado no mesmo período de 2022. O município de São Félix do Xingu aparece como o mais afetado, com 4.988 focos de calor.
Governo intensifica ações no combate as chamas na Amazônia
O prefeito de São Félix do Xingu justifica o aumento das queimadas pela combinação de uma estiagem prolongada e a prática agrícola de usar o fogo para preparar o solo. O governo federal intensificou as operações de combate às chamas na Terra Indígena Apyterewa, enquanto a Polícia Federal investiga possíveis ações criminosas por trás dos incêndios. A situação é particularmente grave em áreas como o Parque Nacional do Jamanxim, onde os incêndios se alastram rapidamente, comprometendo a qualidade do ar e causando danos ambientais extensos. Em Novo Progresso, cenário do famoso “Dia do Fogo” em 2019, a situação atual é considerada ainda mais crítica. As equipes de bombeiros relatam dificuldades de acesso às áreas atingidas, o que agrava ainda mais a crise, elevando o nível de preocupação com a saúde e segurança da população.