O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma projeção de desembolsos de R$ 32,1 bilhões do Fundo Clima até 2026. A previsão foi apresentada nesta quarta-feira, 10 de julho, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes na reunião o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos, Nelson Barbosa, o presidente do Consórcio Brasil Verde e governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, além de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Composição e Gestão do Fundo Clima
Criado em 2009, o Fundo Clima é composto por duas partes distintas: uma não reembolsável, administrada pelo MMA com recursos do orçamento primário, e uma parte de financiamento gerida pelo BNDES com taxas diferenciadas. No Novo Fundo Clima, o custo ou ganho decorrente da variação cambial será coberto pelo Tesouro Nacional, que transferirá seu custo de captação externa ao fundo.
Investimento de Impacto
Além do Fundo Clima, o BNDES apresentou o Programa BNDES Invest Impacto, que permite aos governos estaduais submeterem um conjunto de investimentos e, posteriormente, os detalhes técnicos dos projetos individuais para aprovação do banco.
Durante a reunião, foram discutidas as possibilidades de apoio do Fundo Clima e do Programa BNDES Invest Impacto aos estados, destacando o auxílio do banco na elaboração de projetos de infraestrutura ambiental. O Consórcio Brasil Verde, formado por 15 estados brasileiros (Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe), participou ativamente dessas discussões.
Prioridades e Taxas de Juros
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do Fundo Clima como uma linha prioritária para empresas, estados e projetos voltados à descarbonização. Estão destinados R$ 10,4 bilhões com taxas de juros que variam de 1% para projetos florestais até 8% para iniciativas de energia, com uma média de 6,15%.
“Esses recursos são fundamentais para impulsionar iniciativas sustentáveis e promover a descarbonização, que é crucial para o futuro ambiental e econômico do Brasil”, afirmou Mercadante, reforçando o compromisso do BNDES com o financiamento de projetos de impacto positivo no meio ambiente.
Para mais informações sobre os programas e os critérios de elegibilidade, os interessados podem acessar o site do BNDES ou entrar em contato diretamente com os representantes do banco.