Na última sexta-feira (21/6), a Bolsa de Valores de Londres celebrou a entrada do primeiro título sustentável brasileiro, lançado em novembro de 2023, no valor de 2 bilhões de dólares.
O governo federal brasileiro emite regularmente títulos da dívida pública tanto no mercado doméstico quanto internacional. No Brasil, são oferecidos diversos tipos de títulos, como os de taxa fixa, vinculados à inflação e de taxa flutuante. Esses títulos são leiloados semanalmente com o objetivo de aprimorar as curvas de rendimento, diversificar a base de investidores e estender os prazos de vencimento da dívida.
Internacionalmente, o Tesouro Nacional acessa mercados externos de forma estratégica para criar e manter benchmarks líquidos. Embora a dívida externa represente apenas 5% do total da dívida pública brasileira, esses benchmarks internacionais são fundamentais para empresas brasileiras que buscam acesso ao mercado global. Além disso, as emissões no exterior ajudam a diversificar a base de investidores.
Em novembro de 2023, o Brasil atingiu um marco significativo com a emissão de seu primeiro título sustentável, denominado em dólares americanos, com prazo de sete anos e rendimento de 6,5%. Esta emissão estabeleceu uma curva de referência “sustentável”, paralela à curva de rendimento “regular” já existente. Ambas as curvas servem para orientar os juros que serão pagos por outros emissores brasileiros no mercado global.
A Secretaria do Tesouro Nacional foca em excelência operacional, melhoria da liquidez e transparência na gestão da dívida. Ao vincular suas atividades financeiras a impactos ambientais e sociais positivos, o Brasil se alinha com os objetivos globais de sustentabilidade. Com a emissão de títulos sustentáveis, o Tesouro Nacional não só otimiza a curva de rendimento externa, mas também contribui para a captação de capital e o alcance de metas econômicas e sociais mais amplas.
