Fonte: 123ecos.com.br
O Brasil, em um período de quatro décadas (1985-2024), testemunhou a conversão de 111,7 milhões de hectares de sua vegetação nativa para usos humanos. Essa área, que supera a extensão territorial da Bolívia, representa 13% de todo o país e evidencia um dos mais intensos processos de transformação da paisagem desde a colonização.
Os dados, da Coleção 10 de mapas anuais de cobertura e uso da terra do MapBiomas, revelam que a maior parte dessa mudança foi impulsionada pela expansão da agropecuária.
A análise histórica do MapBiomas mostra que, embora a ocupação do território brasileiro seja um processo secular, 40% de toda a conversão de áreas naturais para atividades humanas ocorreu em apenas quatro décadas. Nesse período, a média anual de perda foi de 2,9 milhões de hectares.
A Amazônia e o Cerrado foram os biomas que mais sofreram com a perda de vegetação nativa em termos absolutos. Juntos, eles foram responsáveis por mais de 83% da área desmatada no país. No entanto, o Pampa se destaca pela maior perda proporcional ao seu tamanho.
A principal força motriz por trás dessa transformação é a agropecuária. A pastagem foi responsável pela conversão de 62,7 milhões de hectares, enquanto a agricultura avançou sobre outros 44 milhões de hectares. Embora a pecuária tenha estabilizado seu avanço direto sobre novas áreas nos anos 2000, a agricultura continuou a se expandir, muitas vezes sobre áreas de pastagem antigas, em um processo contínuo de pressão sobre as fronteiras agrícolas.
Os estados do Paraná (34%), São Paulo (33%) e Rio Grande do Sul (30%) são os que possuem a maior proporção de seu território ocupado pela agricultura.
A evolução do desmatamento no Brasil nas últimas quatro décadas não foi linear, apresentando períodos de aceleração e de relativa desaceleração.
A análise detalhada do uso e cobertura da terra no Brasil é fundamental para a compreensão dos desafios ambientais e para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes de conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br diz
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