Caixa Cultural Belém abre portas e celebra diversidade amazônica


O Governo do Pará concluiu, nesta quarta-feira (8), um marco significativo na revitalização urbana e cultural de Belém com a entrega da Caixa Cultural Belém, instalada no histórico Armazém 6A, e a conclusão do ciclo de obras do Complexo Porto Futuro. Este espaço se consolida como um dos legados estruturais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada na capital paraense em novembro, reforçando a cidade como referência em cultura, sustentabilidade e inovação na Amazônia. A unidade funcionará de terça a domingo, das 11h às 22h, com entrada gratuita, e representa o primeiro equipamento cultural da Caixa Econômica Federal na Região Norte.

Divulgação - Ag. Pará

A solenidade de inauguração contou com a presença do governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan, do prefeito de Belém Igor Normando, da secretária de Estado de Cultura Ursula Vidal e da deputada federal Elcione Barbalho. Em seu discurso, Helder Barbalho destacou o protagonismo cultural de Belém, ressaltando que a cidade, historicamente rica em diversidade e biodiversidade amazônica, agora dispõe de equipamentos que permitem encontros significativos com a história e a produção cultural local. Ele ressaltou que iniciativas como a Caixa Cultural posicionam Belém entre as cidades da América Latina com melhores espaços culturais do continente.

A vice-governadora Hana Ghassan reforçou a importância do trabalho coletivo para o desenvolvimento do Estado, afirmando que a parceria entre diferentes esferas do governo acelera a concretização de resultados e fortalece o impacto social e cultural dos projetos. Para Hana, a entrega da Caixa Cultural é resultado de um esforço conjunto que integra cultura, inovação e valorização territorial.

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Divulgação – Ag. Pará

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A unidade cultural abre suas portas com duas exposições inaugurais: “Paisagens em Suspensão”, do Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU), e “Espíritos da Floresta”, celebrando a diversidade amazônica. O teatro, com capacidade para 250 pessoas, teve como primeiro evento um show com os artistas paraenses Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro, promovendo uma imersão na música local. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou a cultura como vetor de transformação social e enfatizou a relevância da parceria estratégica com o governo do Pará, que já vem resultando em projetos conjuntos nas áreas de cultura e economia.

A presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro, afirmou que a nova unidade amplia o alcance da arte brasileira e posiciona o Norte no circuito nacional de grandes exposições. A mostra inaugural traz obras históricas de relevância, como “O Café”, de Candido Portinari, reforçando o compromisso com a valorização cultural e a inclusão territorial.

O Complexo Porto Futuro surgiu como um dos maiores investimentos estratégicos do governo estadual, articulando cultura, sustentabilidade e inovação a partir da recuperação de antigos galpões da Companhia Docas do Pará (CDP). Além da Caixa Cultural, o complexo abriga o Parque da Bioeconomia, o Armazém da Gastronomia e o Museu das Amazônias (MAZ), abertos ao público recentemente. O MAZ, em apenas cinco dias de funcionamento, já recebeu cerca de 10 mil visitantes, demonstrando o grande interesse da população e turistas por experiências educativas e culturais.

O Armazém da Gastronomia reúne 15 empreendimentos locais especializados em comidas típicas e rápidas, promovendo a diversidade de sabores da região e valorizando os ingredientes amazônicos. Para o prefeito Igor Normando, a conclusão do Porto Futuro simboliza a expressão da cultura e história da cidade, colocando Belém e a Amazônia em destaque no cenário regional e internacional.

O Porto Futuro consolida-se como legado urbano da COP30, fortalecendo a infraestrutura cultural da capital, promovendo turismo, educação ambiental, valorização do patrimônio e inserção da Amazônia no circuito global de inovação e sustentabilidade. A entrega do complexo reafirma o compromisso do governo do Pará em transformar espaços históricos em oportunidades de desenvolvimento cultural, econômico e social, criando um impacto duradouro para a população local e visitantes de todo o mundo.