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Brasil Caminha para Recorde na Produção de Carne em 2025

O Brasil, já consolidado como um dos maiores produtores e exportadores de proteína animal do mundo, deve alcançar um novo recorde na produção de carne suína e de frango em 2025. Segundo projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o país se prepara para expandir ainda mais sua participação no mercado global, impulsionado por uma combinação de fatores como a demanda internacional crescente, melhoria tecnológica no setor agropecuário e o fortalecimento de práticas sustentáveis.

Este artigo explora as perspectivas para o crescimento do setor de carnes no Brasil, destacando os fatores que impulsionam essa produção recorde, o impacto nas exportações e no mercado interno, além de analisar os desafios e as oportunidades de inovação e sustentabilidade que acompanham esse avanço.

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Produção de carne suína e de frango no Brasil:
um setor em constante crescimento

A produção de carnes no Brasil, especialmente a de suínos e aves, tem crescido de forma consistente nas últimas décadas. Em 2025, a previsão é de que esse crescimento atinja novos patamares, com a carne de frango consolidando sua posição como uma das proteínas mais consumidas no mundo e a carne suína ganhando cada vez mais espaço, tanto no mercado interno quanto externo.

Esse avanço é resultado de um trabalho coordenado entre governo, produtores e exportadores, que investem continuamente em tecnologia, melhoria genética, manejo sustentável e infraestrutura para aumentar a eficiência produtiva. A abertura de novos mercados internacionais e a ampliação de acordos comerciais também são fatores que vêm contribuindo para o sucesso do setor.

Fatores que impulsionam o crescimento
da produção de carne em 2025

O crescimento esperado para a produção de carne suína e de frango no Brasil em 2025 pode ser atribuído a diversos fatores, entre eles:

1. Aumento da demanda global por proteína animal

A demanda global por carne continua a crescer, impulsionada pelo aumento populacional e pela urbanização em diversas partes do mundo. Países asiáticos, como China e Japão, continuam sendo grandes consumidores de carne suína e de frango brasileiras, enquanto mercados emergentes na África e no Oriente Médio também demonstram maior apetite por essas proteínas.

A carne suína, que é amplamente consumida na Ásia, tem sido uma das mais beneficiadas por essa crescente demanda. No entanto, a carne de frango também se destaca, especialmente por ser considerada uma proteína mais acessível e com menor pegada de carbono quando comparada a outras carnes, como a bovina.

2. Expansão das exportações brasileiras

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango e suína do mundo, e em 2025, esse protagonismo deve se fortalecer ainda mais. O aumento das exportações é resultado de uma estratégia bem-sucedida de abertura de mercados e de acordos comerciais que ampliam o acesso da proteína brasileira a novos destinos.

A China, maior importadora de carne suína e de frango brasileiras, continua a ser um mercado fundamental para o setor. Além disso, com a abertura de novos mercados, como Indonésia, Filipinas e alguns países do Oriente Médio, o Brasil tem a oportunidade de diversificar seus destinos de exportação, reduzindo a dependência de mercados tradicionais e ampliando sua base de consumidores.

Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil deve aumentar suas exportações de carne suína e de frango em 2025, com destaque para mercados emergentes que buscam fontes de proteína acessíveis e de alta qualidade.

3. Inovação tecnológica e genética no setor agropecuário

A inovação tecnológica tem sido um dos pilares do crescimento sustentável da produção de carne no Brasil. O uso de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, sensores agrícolas, e o monitoramento digital de granjas e criações de suínos e aves, está permitindo um controle mais preciso da nutrição, do manejo e da saúde dos animais, resultando em maior produtividade e melhor qualidade dos produtos.

Além disso, o avanço nas pesquisas genéticas tem permitido a criação de linhagens de suínos e aves mais resistentes a doenças e com maior capacidade de ganho de peso em menos tempo, aumentando a eficiência da produção. Essas melhorias ajudam a reduzir custos, otimizar o uso de recursos naturais e aumentar a competitividade do Brasil no mercado global.

4. Sustentabilidade e menor impacto ambiental

Com as crescentes preocupações globais sobre as mudanças climáticas e a necessidade de práticas mais sustentáveis na produção de alimentos, o Brasil tem adotado medidas significativas para garantir que a expansão da produção de carne suína e de frango ocorra de forma ambientalmente responsável.

Práticas como o uso de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e o investimento em biogás gerado pelos dejetos suínos, são exemplos de como o setor vem adotando soluções inovadoras para diminuir o impacto ambiental da produção de carnes.

A carne de frango, por exemplo, é amplamente reconhecida por ter uma pegada de carbono menor em comparação com outras carnes. Isso faz com que a produção brasileira se alinhe às demandas globais por uma agricultura mais sustentável e de baixo impacto ambiental.

Desafios a serem superados pelo setor de carnes no Brasil

Embora as projeções para 2025 sejam promissoras, o setor de carne suína e de frango ainda enfrenta desafios que precisam ser superados para garantir o crescimento sustentável e a competitividade global.

1. Flutuações nos preços internacionais e barreiras comerciais

As flutuações nos preços internacionais das commodities, incluindo os grãos usados na ração animal, como milho e soja, podem impactar diretamente o custo de produção e, consequentemente, as margens de lucro dos produtores brasileiros. Além disso, o setor também enfrenta barreiras comerciais impostas por outros países, como tarifas de importação e restrições sanitárias, que podem limitar o crescimento das exportações.

Para mitigar esses riscos, o governo brasileiro e as associações do setor estão trabalhando em parcerias e acordos internacionais que visam reduzir essas barreiras e garantir o acesso contínuo aos mercados externos.

2. Questões sanitárias e bem-estar animal

A segurança alimentar e o bem-estar animal são questões cada vez mais importantes para os consumidores globais. O Brasil, para manter sua posição de destaque no mercado de exportação de carnes, precisa continuar investindo em boas práticas de manejo e na implementação de sistemas rigorosos de controle sanitário.

A prevenção de doenças que afetam os rebanhos, como a gripe aviária e a peste suína africana, é uma prioridade para o setor. O investimento em biossegurança e em programas de vacinação é essencial para garantir que a produção de carne no Brasil continue atendendo aos padrões de qualidade exigidos pelos mercados internacionais.

3. Infraestrutura e logística

Outro grande desafio para o setor de carnes no Brasil é a questão da infraestrutura e logística. Embora o país seja um grande produtor de carne, muitas regiões ainda carecem de infraestrutura adequada para o escoamento da produção. Isso inclui a necessidade de melhorias em rodovias, portos e sistemas de transporte que garantam o fluxo eficiente dos produtos até os mercados internacionais.

A superação desse desafio requer investimentos contínuos do governo e da iniciativa privada em soluções de infraestrutura que garantam que a produção crescente de carne possa ser escoada de forma rápida e eficiente, tanto para o mercado interno quanto para as exportações.

Oportunidades de inovação e expansão no setor de carnes

Apesar dos desafios, o setor de carne suína e de frango no Brasil está repleto de oportunidades para inovação e expansão, especialmente com o foco crescente em sustentabilidade e em atender às novas demandas dos consumidores por produtos mais saudáveis e ambientalmente responsáveis.

1. Aumento da demanda por produtos orgânicos e sustentáveis

Uma tendência crescente no mercado global de alimentos é a demanda por produtos orgânicos, livres de antibióticos e produzidos de forma sustentável. O Brasil, com seu vasto território e potencial de produção, tem a oportunidade de se destacar nesse nicho de mercado, oferecendo carne suína e de frango produzidas de forma sustentável e com certificações ambientais.

Além disso, o desenvolvimento de sistemas de produção mais eficientes e de menor impacto ambiental, como o uso de rações à base de proteínas vegetais e práticas de agricultura regenerativa, pode posicionar o Brasil como um líder na produção de proteínas animais alinhadas às exigências dos consumidores preocupados com o meio ambiente.

2. Expansão no mercado interno e externo

Com o crescimento da classe média em países emergentes e o aumento da urbanização, há uma demanda crescente por proteínas animais em diversas regiões do mundo. O Brasil, com sua capacidade de produção em larga escala e competitividade de preços, está bem-posicionado para expandir suas exportações para mercados emergentes na Ásia, África e América Latina.

No mercado interno, o consumo de carne suína e de frango também deve continuar crescendo, impulsionado pela recuperação econômica e pela maior acessibilidade dessas proteínas em comparação com a carne bovina, cujo preço tem sido mais elevado.

3. Novas tecnologias e biotecnologia

A aplicação de novas tecnologias no setor de carnes continua sendo uma área promissora para inovação. O uso de big data, inteligência artificial e biotecnologia está permitindo que os produtores acompanhem com precisão a saúde dos animais, otimizem a nutrição e identifiquem rapidamente possíveis problemas sanitários.

A biotecnologia também está desempenhando um papel importante no desenvolvimento de novas rações e suplementos que melhoram a eficiência alimentar dos animais, ajudando a reduzir o impacto ambiental da produção de carne. Essas inovações são fundamentais para garantir que o setor continue crescendo de forma sustentável e competitiva.

Um futuro promissor para a produção de carne suína e de frango no Brasil

As projeções de recorde na produção de carne suína e de frango para 2025 são um reflexo do sucesso das políticas públicas e dos investimentos contínuos no setor agropecuário brasileiro. Com o aumento da demanda global por proteínas, o Brasil está em uma posição privilegiada para atender a esses mercados, aproveitando seu vasto território, sua expertise tecnológica e suas práticas sustentáveis.

No entanto, o setor ainda enfrenta desafios que precisam ser superados, como questões logísticas, flutuações nos preços de insumos e a necessidade de continuar aprimorando as práticas de bem-estar animal e segurança sanitária. Com o foco em inovação, sustentabilidade e a expansão de mercados, o Brasil tem todas as ferramentas necessárias para se consolidar como líder global na produção de carne suína e de frango, garantindo crescimento econômico e benefícios ambientais a longo prazo.


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Redação Revista Amazônia

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