O Futuro da COP30 nas mãos de mulheres empreendedoras do Pará


Enquanto Belém se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, o Governo do Pará foca sua atenção não apenas na infraestrutura, mas na qualificação de seu maior ativo: as pessoas. Por meio do Programa “Capacita COP30”, em uma parceria estratégica com a empresa de tecnologia e serviços financeiros Cielo, uma série de cursos gratuitos está em andamento com um público-alvo muito claro e significativo: mulheres empreendedoras e trabalhadoras do comércio, com prioridade para as negras e indígenas. Mais do que apenas cursos, a iniciativa é um investimento direto no empoderamento e na resiliência da economia local.

Reprodução - Agência Pará

A escolha das áreas de capacitação não é por acaso. Os cursos de Inglês, Gestão Financeira e Empreendedorismo Digital foram meticulosamente desenhados para suprir as necessidades de um cenário que mudará drasticamente com a chegada de milhares de visitantes internacionais à capital paraense. O domínio do inglês é uma ponte para a comunicação direta e a expansão de oportunidades de negócios com o público estrangeiro. A gestão financeira profissionaliza operações, transformando pequenos negócios informais em empreendimentos sólidos, capazes de crescer e gerar mais renda de forma sustentável. Por fim, o empreendedorismo digital abre as portas do mercado global, permitindo que produtos e serviços com a identidade única da Amazônia alcancem novos públicos, muito além das fronteiras do Pará.

Essa iniciativa é a prova de que a COP30 é vista como um catalisador de um legado duradouro de desenvolvimento e inclusão. O secretário de Ciência, Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica do Pará, Victor Dias, da Sectet, descreveu a visão por trás do programa, ressaltando que o investimento na formação dessas mulheres transcende o fortalecimento de negócios, impactando comunidades inteiras. Para ele, o compromisso é garantir que as mulheres estejam na linha de frente da economia local, construindo um futuro mais inclusivo e próspero. A COP30, assim, deixa de ser apenas um evento e se torna um motor de transformação social e econômica.

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Reprodução – Agência Pará

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Parceria pelas mulheres empreendedoras

A parceria com uma gigante do setor privado como a Cielo, por meio de seu projeto Impulsiona Cielo Amazônia, é um exemplo notável de como a sinergia entre o setor público e a iniciativa privada pode gerar resultados concretos e relevantes. Angélica Campos, líder de Gente, Gestão e Performance da Cielo, reforçou a ideia de que a empresa enxerga a qualificação como uma aposta no futuro da região. A colaboração vai além de um simples apoio financeiro, demonstrando um compromisso com o desenvolvimento inclusivo, sustentável e transformador da Amazônia. É o tipo de parceria que não apenas apoia quem sonha, mas oferece as ferramentas para que esses sonhos se tornem uma realidade tangível.

A história de Ana Cardoso, uma empreendedora da Ilha do Combu, humaniza o impacto do programa. Ana já participou de outras capacitações do Capacita COP30 e agora se inscreveu na turma de Gestão Financeira. Sua jornada reflete a realidade de muitas mulheres que gerenciam negócios em comunidades de difícil acesso. Para ela, a qualificação é um passo crucial para organizar sua vida profissional e abrir novas portas para o crescimento. O curso representa não apenas um avanço em sua jornada empreendedora, mas uma oportunidade de se preparar para a demanda que a conferência trará, mostrando o trabalho realizado em sua ilha. Ela se torna uma porta-voz de um futuro promissor, onde o conhecimento e a preparação pavimentam o caminho para o sucesso.

Desde sua criação, o programa já concedeu mais de 25 mil certificações em áreas vitais como turismo, gastronomia, infraestrutura e segurança. A nova parceria com a Cielo é uma expansão estratégica que reforça o papel do programa em preparar a população para as oportunidades que a conferência da ONU trará. É um sinal de que o Governo do Pará e seus parceiros estão focados em construir um legado que vai muito além dos dez dias do evento, investindo em um capital humano que continuará a impulsionar o desenvolvimento local por muitos anos.