Meio Ambiente

Créditos de Carbono Florestais São os Mais Eficazes no Combate as Mudanças Climáticas

 

Um estudo recente publicado na revista Nature Climate Change revelou que, do ponto de vista estritamente climático, as atividades geradoras de créditos de carbono mais comuns no Brasil, como desmatamento evitado e reflorestamento, estão entre as soluções mais eficazes para combater o aquecimento global baseadas na natureza.

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Realizada por uma equipe de especialistas de 11 instituições renomadas, incluindo a Universidade Columbia e duas das maiores ONGs ambientais do mundo, Environmental Defense Fund (EDF) e The Nature Conservancy, a pesquisa analisou artigos científicos relacionados a 43 atividades que reduzem ou removem gases de efeito estufa.

Ao considerar o impacto potencial das atividades e o grau de confiabilidade científica, os pesquisadores concluíram que conservar ou restaurar florestas temperadas ou tropicais, como a Amazônia, apresenta a melhor relação entre esses dois indicadores.

Segundo Doria Gordon, pesquisadora-sênior do EDF e uma das autoras do estudo, embora haja uma grande variedade de soluções climáticas baseadas na natureza, muitas delas já possuem protocolos para a geração de créditos de carbono. No entanto, ela ressalta a importância de priorizar estratégias que tenham um respaldo científico sólido.

O estudo identificou que atividades como preservação e restauração de corais têm menor impacto e confiabilidade, enquanto métodos como restauro de áreas pantaneiras e manejo de pastagens se encontram no meio do caminho. Os motivos para essa variação incluem a falta de estudos científicos detalhados e divergências entre os pesquisadores consultados.

No entanto, os autores alertam que soluções sem forte sustentação científica podem comprometer a contabilidade global de carbono, potencialmente superestimando benefícios climáticos futuros e minando a confiança nas soluções naturais rigorosas.

É importante ressaltar que as conclusões do estudo se baseiam na literatura científica existente e consideram apenas o benefício do carbono, sendo essencial uma análise cuidadosa de outras variáveis e impactos ambientais.

Redação Revista Amazônia

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