Custos relacionados a catástrofes naturais duplicou desde 1980

 

O aumento dos custos relacionados a catástrofes naturais é um fenômeno que ecoa além dos danos físicos imediatos, penetrando profundamente nas estruturas econômicas globais. Segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o custo econômico desses eventos dobrou desde os anos 1980, apresentando uma escalada preocupante.

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Desastres naturaisDesastres naturaisEm uma análise abrangente do período de 2020 a 2021, as catástrofes naturais absorveram aproximadamente 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Uma comparação com décadas anteriores revela uma disparidade gritante; nos anos 1980 e nas duas décadas subsequentes, esse percentual mal ultrapassava 0,08%. Os números da economista-chefe da OCDE, Clare Lombardelli, pintam um quadro vívido da crescente pressão financeira imposta por desastres naturais.

A divulgação desses dados ocorreu concomitantemente ao lançamento do relatório semestral de Perspectivas da OCDE, um chamado à ação para os países membros. Lombardelli destacou a necessidade premente de preparar-se para custos que devem inflacionar no futuro, incluindo não apenas os decorrentes do envelhecimento populacional, mas também os associados às mudanças climáticas.

À medida que Lombardelli passa o bastão para seu sucessor, Álvaro Santos Pereira, as projeções se tornam ainda mais desafiadoras. Pereira alertou que os investimentos necessários para a transição energética devem quadruplicar até 2030, superando € 4 bilhões por ano. Esse aumento é vital para atender às metas estabelecidas pela Agência Internacional de Energia (AIE) e limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius. Pereira enfatizou que o impacto dessas catástrofes não será uniforme, ressaltando as disparidades regionais que exigem atenção diferenciada.

À medida que o mundo enfrenta o crescente custo financeiro e humano das catástrofes naturais, a necessidade de ação decisiva e colaboração internacional torna-se mais premente do que nunca.

Redação Revista Amazônia

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