Desmatamento da Amazônia: como os satélites monitoram em tempo real

Autor: Redação Revista Amazônia

O desmatamento da Amazônia é uma preocupação global devido à sua importância para o equilíbrio climático e a biodiversidade. Para combater esse problema, a tecnologia de monitoramento por satélite tem se mostrado uma ferramenta essencial. Esses satélites permitem a observação contínua e em tempo real das mudanças na cobertura florestal, ajudando a identificar e combater o desmatamento de forma mais eficaz.

Desde a década de 1980, o Brasil tem utilizado satélites para monitorar o desmatamento na Amazônia. Com o avanço da tecnologia, os sistemas de monitoramento se tornaram mais precisos e rápidos, permitindo uma resposta mais ágil das autoridades.

1. Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER)

O DETER é um dos principais sistemas utilizados para monitorar o desmatamento na Amazônia. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o DETER utiliza imagens de satélite para detectar alterações na cobertura florestal quase em tempo real.

Como funciona:

  • Utiliza imagens dos satélites Terra e Aqua, equipados com sensores MODIS, que possuem resolução espacial de 250 metros.
  • Gera alertas diários de desmatamento, que são enviados aos órgãos de fiscalização, como o IBAMA.

2. Programa de Cálculo do Desmatamento da Amazônia (PRODES)

O PRODES é outro sistema importante para o monitoramento da Amazônia. Também desenvolvido pelo INPE, o PRODES utiliza imagens de satélite de alta resolução para calcular a taxa anual de desmatamento.

Como funciona:

  • Utiliza imagens do satélite Landsat, que possuem resolução espacial de 30 metros.
  • Fornece dados anuais sobre o desmatamento, permitindo uma análise detalhada das áreas afetadas.

3. Projeto de Monitoramento da Degradação Florestal (DEGRAD)

Além do desmatamento da Amazônia, a degradação florestal também é monitorada por satélites. O projeto DEGRAD foca na identificação de áreas degradadas, que podem não ser completamente desmatadas, mas ainda assim sofrem impactos significativos.

Como funciona:

  • Utiliza imagens de satélite para identificar áreas de degradação progressiva.
  • Complementa os dados fornecidos pelo DETER e PRODES, oferecendo uma visão mais completa da saúde da floresta.
Desmatamento da Amazônia - Foto by Depositphotos
Foto by Depositphotos

4. Benefícios do monitoramento por satélite

O uso de satélites para monitorar o desmatamento da Amazônia oferece diversos benefícios. Esses sistemas permitem uma vigilância contínua e abrangente, cobrindo vastas áreas que seriam impossíveis de monitorar apenas com recursos terrestres.

Benefícios:

  • Detecção rápida: Permite a identificação imediata de novas áreas desmatadas, possibilitando uma resposta rápida das autoridades.
  • Cobertura ampla: Satélites podem monitorar áreas remotas e de difícil acesso, garantindo uma vigilância completa.
  • Dados precisos: Imagens de alta resolução fornecem informações detalhadas sobre a extensão e a localização do desmatamento.

O monitoramento por satélite é uma ferramenta poderosa na luta contra o desmatamento da Amazônia. Com a tecnologia avançada e a colaboração entre órgãos governamentais e instituições de pesquisa, é possível proteger essa floresta vital para o planeta.

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