O Movimento Brasil Competitivo (MBC) reuniu em São Paulo, na sexta-feira (27/10), lideranças importantes dos setores público e privado para debater o papel do Brasil na economia verde mundial. Indo ao encontro com diversas iniciativas em pauta no país, como a transição energética e a descarbonização, o Congresso Brasil Competitivo 2023, trouxe luz e destaque para ações essenciais e urgentes para o avanço da agenda.
Promovido pelo MBC há 20 anos, o congresso abre espaço para discutir temas relevantes que impactam o desenvolvimento do país.
“O congresso é uma oportunidade de fomentarmos discussões importantes que contribuam para o avanço da qualidade de vida da população brasileira. Queremos, nesta edição, auxiliar o país a evoluir e ser protagonista na economia verde”, comenta Tatiana Ribeiro, diretora executiva do MBC.
Na 20º edição, que teve como tema central a sustentabilidade, o MBC realizou uma parceria importante com a AYA Earth Partners, o primeiro e maior ecossistema dedicado a acelerar a economia regenerativa e carbono zero do Brasil.
“Precisamos não só exportar nossas commodities e nossos ativos, mas trazer o valor agregado para o Brasil. Precisamos planejar no longo prazo e ter um olhar muito mais sistêmico. Biobunker e BioLinker são dois tipos de combustíveis que são utilizados agora em frotas marítimas de grande escala. Um dos modelos mais avançados hoje de processamento pode utilizar a biomassa da cana do milho. No Brasil, batemos recorde de exportação de cana e de milho. E se batermos recorde de exportação de BioLinker, Biobunker e amônia verde? O valor agregado ficaria aqui, a produtividade ficaria aqui”, explica Patricia Ellen, cofundadora da AYA Earth Partners.
Durante o evento realizado no espaço AYA Hub, na Cidade Matarazzo, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, Arnaldo Jardim, apresentou aos presentes o programa de aceleração da transição energética, PL 5.174/2023, que estará em pauta no Congresso Federal nas próximas semanas. “O projeto traz a proposta de um fundo de investimento lastreado por dívidas da União com as empresas, criando oportunidade de financiamentos para o avanço, de forma contundente, da transição energética para fontes renováveis. Essa iniciativa reafirma a nossa convicção com o projeto que temos de país, com reformas estruturais e a neoindustrialização”, diz o deputado.
O evento contou com a realização de três painéis que abordaram aspectos relevantes como a neoindustrialização verde a partir da visão do setor produtivo; os desafios do financiamento da agenda climática brasileira; e, o papel do parlamento na agenda verde.
“O Brasil já teve várias oportunidades de assumir o protagonismo quando falamos em economia verde, e hoje temos, mais uma vez, uma condição extraordinária de consolidar essa posição que já temos naturalmente.
João Paulo Resende, assessor especial do Ministério da Fazenda, tem a perspectiva de que o Brasil pode ser a “Arábia Saudita da energia limpa” ao fazer o paralelo com o maior produtor de petróleo do mundo.
Mas tudo que é grande e importante, se não tiver a participação do Congresso, do Executivo e do empresariado não avança. O trabalho do MBC está em evolução, contribuindo para que esse tripé possa trabalhar em conjunto”, finaliza Jorge Gerdau, presidente do conselho superior do MBC.