Um estudo recente revelou que as instalações de gás e petróleo nos Estados Unidos estão emitindo quatro vezes mais gás metano do que o estimado anteriormente pelos reguladores. A pesquisa, publicada pelo Environmental Defense Fund (EDF), uma organização sem fins lucrativos de defesa ambiental, descobriu que vazamentos, ventilação e queima de metano na indústria de petróleo e gás dos EUA liberam mais de 7,5 milhões de toneladas de metano por ano.
O número, coletado pelo MethaneAIR, é mais de quatro vezes maior do que a estimativa da Agência de Proteção Ambiental (EPA). Segundo o relatório, é “gás desperdiçado suficiente para atender às necessidades energéticas anuais de mais da metade das residências dos EUA.”
O metano é considerado um gás de efeito estufa e é amplamente reconhecido por seu impacto significativo na atmosfera e no clima da Terra. Ele é considerado um gás que “aquece o planeta” e é emitido principalmente por fontes humanas. A EPA descreve o metano como “o segundo GEE antropogênico mais abundante depois do dióxido de carbono (CO2), representando cerca de 16% das emissões globais.”
No relatório, o EDF destacou os perigos que as emissões de metano representam para as mudanças climáticas globais e afirmou que a descoberta “mostra por que é essencial o relato transparente de medições reais.”
“As taxas excessivas de vazamento levantam sérias questões sobre a eficácia das práticas de gestão da indústria e se as empresas estão realmente comprometidas em cumprir suas próprias metas de desempenho de metano.”
Emissões de metano são críticas na luta contra as mudanças climáticas
Estima-se que o metano represente cerca de 16% das emissões globais e seja significativamente mais capaz de reter calor na atmosfera do que o dióxido de carbono, tornando-o uma ameaça séria ao clima.
Devido a um novo marco regulatório implementado este ano pela EPA, as empresas enfrentam cobranças financeiras significativas por tonelada de emissões de metano.
A Taxa de Emissões de Resíduos (WEC) é um custo associado a cada tonelada de gás metano emitida por uma organização. Ela aumenta a cada ano, totalizando um valor de US$ 1.500 por tonelada métrica a partir de 2026.
De acordo com o EDF, a maior parte das emissões de metano vem de operadores de petróleo e gás que são um pouco mais antigos. Isso se deve, em parte, ao vazamento de equipamentos, bem como à queima e ventilação de gás.
É um problema conhecido pelas indústrias respectivas, e que várias empresas se comprometeram a prevenir e corrigir no futuro.
Rosalie Winn, diretora do EDF, foi citada pelo Financial Times expressando a necessidade de uma maior regulamentação na indústria para incentivar soluções rápidas para o problema. “Este estudo realmente ressalta o quanto a indústria ainda precisa fazer para reduzir as emissões de metano e a importância de todos esses novos mecanismos regulatórios para incentivar a indústria a fazer isso”, afirmou.
Fonte: TAG24