Meio Ambiente

Empreendedores transformam resíduos orgânicos em adubo e faturam R$ 188 mil

Para mitigar os impactos ambientais do descarte inadequado de resíduos orgânicos, Marina Sierra, de 40 anos, começou a gerenciar uma composteira de minhocas em casa. O que começou como uma prática doméstica acabou se tornando um negócio quando Marina e seu marido, Adriano Sgarbi, 43, fundaram a Planta Feliz.

Localizada em uma área preservada de Mata Atlântica na zona sul de São Paulo (SP), a Planta Feliz coleta resíduos orgânicos, realiza compostagem e produz adubo orgânico, além de oferecer atividades educativas e turismo rural focados em sustentabilidade ambiental.

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A compostagem transforma o lixo orgânico em adubo natural

Embora a formalização da empresa tenha ocorrido em 2019, a ideia de reduzir o envio de resíduos orgânicos para aterros sanitários surgiu em 2009, quando Marina começou a compostagem em casa. A partir desse processo voluntário, surgiu a visão de negócio compartilhada por ela e Adriano.

O investimento inicial na Planta Feliz foi de aproximadamente R$ 120 mil, utilizado para adquirir equipamentos e infraestrutura. Em 2020, o negócio recebeu um aporte de R$ 35 mil do projeto Ligue os Pontos, da Prefeitura de São Paulo, e passou a fazer parte do Sampa+Rural, plataforma que promove iniciativas sustentáveis na cidade.

Após obter licença ambiental da CETESB em 2024, a Planta Feliz pode agora coletar e compostar até 10 toneladas de resíduos orgânicos por dia, expandindo seu mercado para médios e grandes geradores de resíduos.

A principal fonte de receita da empresa é a coleta e compostagem de resíduos orgânicos, cujo adubo resultante é vendido online e presencialmente. Além disso, a Planta Feliz mantém contratos de compensação ambiental com empresas, vende frutas nativas e promove atividades educativas.

Com um faturamento de R$ 188 mil em 2023, a empresa projeta um crescimento significativo após a obtenção da nova licença. A expectativa é faturar R$ 120 mil por mês apenas com a coleta e compostagem, representando um aumento substancial em relação ao ano anterior.

Apesar do sucesso, os fundadores destacam a falta de políticas públicas de apoio à compostagem e sustentabilidade, enfatizando a necessidade de mais iniciativas nesse sentido.


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Redação Revista Amazônia

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