A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) celebrou a recente aprovação do Projeto de Lei nº 1958/2021, uma importante vitória para os povos indígenas e quilombolas do Brasil. A proposta, aprovada pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais (CPOVOS), eleva de 20% para 30% a reserva de vagas em concursos públicos federais para candidatos de origens indígenas e quilombolas. Essa medida representa um avanço significativo em prol da inclusão social e da promoção de ações afirmativas no setor público.
Segundo a presidenta da Funai, Joênia Wapichana, a aprovação do projeto é um passo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ela parabenizou o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto, destacando a importância dessa proposta para a inclusão dos povos originários. “Esse projeto aprovado é de interesse dos povos indígenas e também da Funai. Ele caminha no sentido de garantir aos povos indígenas o direito de acessar políticas públicas e oportunidades de emprego no serviço público”, afirmou Joênia.
O senador Paulo Paim acredita que essa ampliação na reserva de vagas representa um marco no combate às desigualdades sociais e no reconhecimento dos direitos das comunidades historicamente marginalizadas. “As ações afirmativas são fundamentais para que o Brasil possa corrigir desigualdades estruturais e garantir uma inclusão social efetiva. Este é um passo rumo ao reconhecimento da diversidade e da necessidade de reparação histórica”, disse ele.
A deputada Carol Dartora (PT-PR), relatora do projeto na Câmara dos Deputados, também expressou sua satisfação com a aprovação. “É essencial que o serviço público reflita a diversidade de nosso país. O Projeto de Lei nº 1958/2021 visa garantir que os serviços públicos tenham a cara do Brasil, oferecendo representação aos povos originários e aos quilombolas nos setores mais diversos. É inadmissível que, em pleno século XXI, uma pessoa indígena nunca tenha sido atendida por um profissional indígena em um hospital ou em uma escola”, destacou Dartora.
Durante séculos, as populações indígenas e quilombolas foram alijadas de seus direitos e excluídas de processos sociais e econômicos que favoreciam somente a integração forçada. A relatora do projeto relembrou esse histórico e defendeu a necessidade de ações afirmativas como forma de reparar o impacto negativo dessas políticas excludentes. “As políticas de inclusão são necessárias para corrigir esses erros do passado e garantir uma representatividade que fortaleça a identidade e a autonomia desses povos no serviço público”, concluiu Dartora.
Com a aprovação pela CPOVOS, o projeto seguirá agora para análise e votação no Plenário da Câmara dos Deputados. A tramitação da proposta, que conta com o REQ 4192/2024 pedindo urgência, tem recebido amplo apoio e é vista como um avanço essencial para consolidar a presença indígena nos órgãos públicos. A Funai, por sua vez, reforça seu compromisso com os povos indígenas e seguirá acompanhando a tramitação com expectativas positivas.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas reafirma seu compromisso em promover ações que assegurem direitos e reconhecimento aos povos originários. Com a aprovação desse projeto, a Funai acredita que os indígenas brasileiros terão melhores condições de competir em pé de igualdade com os demais cidadãos e ocupar funções de destaque no serviço público, refletindo a diversidade cultural do Brasil.
Essa conquista fortalece a luta pela representatividade e pelos direitos sociais, políticos e econômicos dos povos indígenas. A Funai seguirá atenta aos desdobramentos da proposta no Congresso e mobilizada para garantir que essa e outras ações afirmativas se tornem uma realidade em todo o país.
A aprovação do Projeto de Lei nº 1958/2021 representa mais do que um avanço legislativo; é uma declaração de reconhecimento e respeito aos direitos dos povos indígenas e quilombolas. Com o apoio de parlamentares comprometidos e a atuação incansável de entidades como a Funai, essa medida estabelece um novo marco para a inclusão social e o fortalecimento da diversidade no Brasil. Aguardamos os próximos passos dessa proposta que promete transformar o acesso ao serviço público e abrir portas para um futuro mais inclusivo e justo.
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