O Tocantins acaba de marcar seu nome na história ao se tornar o primeiro estado brasileiro a submeter seu sistema jurisdicional ao ART Trees, o mais avançado padrão técnico para a verificação de créditos de carbono em uma escala ampla. Essa iniciativa ousada, anunciada durante a COP29 de Baku, abre caminho para um novo modelo de sustentabilidade global, e a gigante Mercuria Energy Group está no centro dessa transformação.
Com uma presença robusta no setor de commodities, a Mercuria tem apostado fortemente em investimentos sustentáveis. Em 2023, a empresa lançou o Silvania, um veículo independente criado para financiar soluções baseadas na natureza. Com um impressionante fundo inicial de US$ 500 milhões (cerca de R$ 3 bilhões), a iniciativa tem como meta gerar créditos de carbono de alta qualidade, proteger a biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável.
A decisão da Mercuria de investir no Tocantins é uma prova do potencial da região no combate ao desmatamento e na preservação ambiental. Até o momento, a companhia já injetou R$ 14 milhões no estado, financiando iniciativas como combate a incêndios, implementação de sistemas de monitoramento automatizado e o fortalecimento de programas de regularização ambiental. A expectativa é que, até 2030, o estado gere mais de 50 milhões de créditos de carbono, movimentando uma receita estimada acima de R$ 2,5 bilhões.
Diferente dos modelos tradicionais, que focam em propriedades individuais, o ART Trees certifica projetos de conservação em escala territorial. Essa abordagem reduz os riscos de deslocamento do desmatamento e cria um impacto ambiental mais significativo e duradouro. Para a Mercuria, esse investimento não é apenas um compromisso ambiental, mas também uma estratégia inovadora de mercado. A empresa já transaciona entre 20 e 30 milhões de créditos de carbono anualmente no mercado voluntário e aposta no amadurecimento desse setor como um dos motores do futuro.
Celso Fiori, líder de soluções baseadas na natureza da Mercuria no Brasil, destaca que a aposta nos créditos jurisdicionais não é apenas uma oportunidade comercial, mas também um fator determinante para aprimorar políticas públicas e envolver as comunidades locais na luta contra o desmatamento. Segundo ele, o incentivo financeiro derivado da venda desses créditos impulsiona a implementação de estratégias eficazes para reduzir as emissões de CO2, garantindo benefícios ambientais e socioeconômicos de longo prazo.
A revolução sustentável promovida pela Mercuria no Tocantins demonstra que os créditos de carbono jurisdicionais são uma ferramenta poderosa para alavancar a economia verde. O estado brasileiro não apenas assume protagonismo na agenda climática global, mas também prova que desenvolvimento econômico e conservação ambiental podem caminhar juntos. Com investimentos visionários e inovação, o futuro sustentável está sendo moldado agora.
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