Ministério da Saúde adquiriu mais de dois milhões de unidades de insulinas análogas de ação rápida

Autor: Redação Revista Amazônia

OMinistério da Saúde iniciou no dia 1º de setembro a distribuição da primeira remessa da insulina análoga de ação rápida com caneta reutilizável para todo o país. Nos próximos dias, serão distribuídos mais de 400 mil cartuchos do medicamento para atender à necessidade dos estados e do Distrito Federal (DF). O montante em distribuição faz parte de um total de mais de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida adquiridas pela Pasta, por meio de compra emergencial internacional. A ação vai garantir o tratamento das pessoas que vivem com Diabetes Mellitus tipo 1 e retiram o medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.

A importação excepcional foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 05 de junho de 2023, por unanimidade, e seguiu normativa prevista na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 203/2017 da Anvisa, que dispõe sobre os critérios e procedimentos para importação, em caráter de excepcionalidade. 

Além disso, também foram adquiridas mais de um milhão de canetas descartáveis de insulina análoga de ação rápida para assegurar o abastecimento da Rede. Com as duas aquisições, mesmo em um cenário de escassez mundial, o Ministério da Saúde garante o abastecimento ao SUS e o atendimento de todas as pessoas insulinodependentes. 

As insulinas análogas de ação rápida (insulina asparte, lispro e glulisina) são insulinas semelhantes às insulinas humanas, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para o tratamento de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 1. Elas são responsáveis por ajudar no controle do índice de glicose no sangue e, assim, garantir a qualidade de vida do paciente. 

As canetas para autoaplicação das insulinas são divididas em duas categorias: reutilizáveis (ou duráveis) e descartáveis (ou pré-preenchidas). É preciso ficar atento às orientações de uso! 

Caneta reutilizável

Pode ser usada inúmeras vezes, pois funciona com um cartucho (tubete) de insulina e pode ser reabastecido. É importante lembrar que é necessário armazenar a caneta reutilizável em temperatura ambiente, longe de umidade, poeira, temperaturas extremas e luz solar direta. 

Caneta descartável

Vem com um cartucho de insulina fixo, ou seja, a caneta já vem pré-preenchida. Quando a insulina acaba, a caneta deve ser devidamente descartada.

Para mais orientações sobre o uso das canetas de insulina, consulte as cartilhas abaixo: 

Cartilha de orientação às pessoas insulinodependentes.

Cartilha de orientação aos profissionais de saúde. 

Outras ações

Desde a incorporação da insulina análoga de ação rápida ao SUS, o Ministério da Saúde realiza sua aquisição de forma centralizada. No entanto, a Pasta enfrentou dificuldade na compra do medicamento, reflexo também da escassez mundial do produto. Dois pregões para compra do medicamento com registro no país – o primeiro realizado em agosto de 2022 e o segundo em janeiro de 2023 – não receberam propostas, restando fracassados. 

A partir do diálogo constante com as Secretarias Estaduais de Saúde e do DF e do monitoramento intenso dos estoques, o Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), promoveu ações de remanejamento do medicamento entre os estados e o DF para manter o abastecimento na Rede Pública de Saúde. Os estados também foram autorizados a comprar diretamente o medicamento, com garantia de ressarcimento pelo governo federal. 

Diabetes

É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia, e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente no Brasil mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença – o que representa 6,9% da população nacional. A melhor forma de prevenção é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas. 

Tratamento

O SUS oferece medicamentos de graça para tratar o diabetes no Brasil. As insulinas humanas NPH e regular, em frascos e tubetes, são distribuídas gratuitamente pelo Ministério da Saúde a toda Rede SUS do país. Além disso, tiras reagentes de glicemia e seringas também estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

De forma complementar, as farmácias credenciadas ao Programa Farmácia Popular disponibilizam gratuitamente os seguintes medicamentos: insulina humana NPH e insulina humana regular, glibenclamida e metformina 500 mg e 850 mg.

No âmbito do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), está disponível a insulina análoga de ação rápida para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1. Esta insulina está preconizada no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Diabetes Mellitus tipo 1, publicado pelo Ministério da Saúde. 

Ministério da Saúde


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