A New Fortress Energy (NFE) revelou um acordo para assumir as obrigações e receitas do contrato de reserva de capacidade de 1,6 GW da Usina Termelétrica Portocem (UTE Portocem), uma subsidiária da Ceiba Energy. Em troca, a NFE emitirá ações preferenciais conversíveis.
O contrato, que tem duração de quinze anos, garante um pagamento anual de US$ 280 milhões à NFE. A UTE Portocem conquistou o contrato no 1º Leilão de Reserva de Capacidade de Potência, realizado pela Aneel em 2021. A finalização da transação depende da aprovação do órgão regulador.
A NFE planeja concluir a transação em março de 2024, com a expectativa de que os fluxos de caixa do projeto comecem até julho de 2026.
A empresa pretende transferir o contrato para seus ativos de energia termelétrica ligados aos terminais de GNL que possui no Brasil: Barcarena, no Pará, e Terminal Gas Sul (TGS), em Santa Catarina. Ambos devem começar a operar no início de 2024.
Wes Edens, presidente e CEO da New Fortress Energy, expressou satisfação com a expansão dos negócios da empresa no Brasil e a consolidação da NFE como uma fornecedora líder de energia limpa e confiável para uma das economias que mais crescem no mundo.
A UTE Portocem, um projeto de 1,6 GW, é um investimento da Ceiba Energy, avaliado em aproximadamente R$ 4,7 bilhões. Atualmente, o projeto está em fase de construção na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
A estratégia da NFE é expandir seu complexo de energia em Barcarena para 1,2 GW em 2026, enquanto os 0,4 GW restantes serão destinados a ativos de geração de energia ligados ao TGS. O desenvolvimento original de 630 MW da NFE em Barcarena está programado para o terceiro trimestre de 2025.
Ao aproveitar sua base de ativos existente, a empresa espera reduzir custos e gerar rendimentos e lucros incrementais em seus terminais.
Andrew Dete, diretor geral da New Fortress Energy, destacou que a aquisição do PPA Portocem adiciona um ativo contratado de longa duração que complementa a presença da empresa no Brasil. Ele afirmou que isso está alinhado com a estratégia de integração vertical da empresa e a otimização de seus ativos para gerar valor para os acionistas a longo prazo.
O terminal TGS tem como objetivo resolver parte das limitações no fornecimento de gás natural da região, que inclui mais de 3 GW de clientes industriais e de geração de energia.