Saúde

Nova Vacina Contra Chikungunya em Análise pela Anvisa e EMA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em colaboração com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), está prestes a analisar o pedido de registro de uma nova vacina contra o vírus Chikungunya. Este processo ocorre no âmbito da Iniciativa OPEN (Opening Procedures at EMA to non-EU Authorities).

O pedido foi submetido à Anvisa pelo renomado Instituto Butantan na terça-feira, 12 de dezembro de 2023. A vacina está sendo desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, que também submeteu o produto para avaliação da EMA.

Análise Simultânea e Colaboração Internacional

A iniciativa OPEN foi criada para fornecer uma estrutura para a submissão e análise simultâneas de processos por vários reguladores. Isso permite que eles avaliem um medicamento em conjunto com a EMA. As instituições participantes permanecem científica e processualmente independentes, compartilhando informações, conhecimentos e abordagens durante a avaliação. Este processo visa harmonizar as abordagens dos reguladores, aumentar a transparência e acelerar o acesso a novos medicamentos.

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Essa colaboração internacional facilita a troca de informações entre os reguladores, permitindo análises mais robustas. Com mais elementos em mãos, a Anvisa pode tomar decisões de maneira mais ágil.

A Doença: Chikungunya

A Chikungunya é uma infecção causada por vírus, transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus. O vírus entra na corrente sanguínea e se multiplica, afetando a membrana das articulações. Os sintomas geralmente aparecem após uma semana da picada do mosquito e podem durar meses nos casos mais graves.

Os principais sintomas são febre alta, dores intensas nas mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dor de cabeça e nos músculos, além de manchas avermelhadas na pele.

A doença tem grande importância no Brasil, sendo endêmica. Somente em 2022, o Brasil registrou 174.517 casos prováveis de Chikungunya. Pode ser mortal, especialmente em pessoas com outras comorbidades, e pode deixar sequelas graves, como dores crônicas nas articulações.

Embora o combate ao mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela transmissão da Dengue, seja a principal medida de combate à doença, a eventual aprovação da vacina fornecerá uma nova ferramenta de prevenção à doença.

Redação Revista Amazônia

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