No primeiro trimestre de 2024, os portos da Amazônia se destacaram como os principais exportadores de milho do país, registrando um aumento de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT).
Exportação de milho na Amazônia
Segundo informações do relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), durante os primeiros três meses deste ano, 43,3% das exportações totais de milho do Brasil foram realizadas através dos portos localizados no Arco Amazônico. Este dado indica uma tendência ascendente, visto que, no mesmo período de 2023, a parcela de exportação de milho pelos portos amazônicos foi de 36,2%.
AMPORT
Flávio Acatauassú, diretor presidente da AMPORT, assegura que os portos da região estão devidamente equipados para atender às projeções de crescimento nas exportações de grãos. “Atualmente, possuímos uma capacidade instalada de 52 milhões de toneladas e já há investimentos em curso para mais 48 milhões de toneladas. Isso significa que nos próximos cinco anos teremos uma capacidade de embarque de cerca de 100 milhões de toneladas de grãos”, explica o executivo.
Terminais portuários na Amazônia
Os números divulgados pela Associação sobre a movimentação no Arco Amazônico evidenciam o potencial de expansão das atividades na região nos próximos anos, o que também deve atrair investimentos por parte do Governo Federal para impulsionar ainda mais o setor. O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Ministério de Portos e Aeroportos, por exemplo, prevê investimentos significativos, com destaque para R$ 14,5 bilhões em novos arrendamentos de complexos portuários entre 2023 e 2026, além de R$ 639 milhões apenas em 2024 destinados a melhorias em portos e hidrovias para otimizar o escoamento da safra brasileira de grãos.