Projeto do Insa transforma cacto cultivado no semiárido em doces e geleias

Autor: Redação Revista Amazônia

Um projeto desenvolvido no Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em Campina Grande (PB), está transformando a palma forrageira (Opuntia sp.) em ingrediente para a produção de alimentos saudáveis, sustentáveis e de alta qualidade. Por suprir parte das necessidades de energia e água dos rebanhos do semiárido, onde é amplamente cultivada, a palma forrageira é uma espécie de cacto utilizado, predominantemente, para alimentação animal.

“A utilização da palma na alimentação humana é bastante diversificada, incluindo tanto o consumo dos frutos (figo-da-índia) como dos brotos. Os frutos são consumidos geralmente in natura ou utilizados para produção de sucos, compotas, geleias e sorvetes. Já os brotos da palma são consumidos como verdura ou usados para fazer doces, sucos e tortas”, explicou a pesquisadora do Insa Jucilene Silva Araújo.

Segundo ela, o consumo da palma oferece muitos benefícios para a saúde. Rica em nutrientes, como vitaminas A, B e C, e minerais, como cálcio, magnésio e potássio, a palma forrageira também possui 17 tipos de aminoácidos, além de propriedades diuréticas e anti-inflamatórias. O valor nutricional a torna uma alternativa eficaz para combater a fome e a desnutrição.

Ainda de acordo com Jucilene Araújo, mesmo com muitos benefícios, culturalmente, o consumo da palma forrageira não é comum, mas, em alguns municípios da Bahia, o broto da palma já entrou na dieta alimentar da população, chegando a ser comercializado em feiras livres.

Confira, na tabela abaixo, os produtos desenvolvidos e que estão em fase de desenvolvimento no Insa a partir da palma forrageira. Todos os produtos desenvolvidos estão em fase de pedido de patente.


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