Projeto Itinerante do Museu do Amanhã Visita Maranhão e Pará

Autor: Redação Revista Amazônia

 

O Museu do Amanhã, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão, levará pela primeira vez uma de suas exposições para além dos limites do Rio de Janeiro. A exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, que foi realizada entre 2021 e 2022 e apresentada pelo Instituto Cultural Vale, será exibida no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís, de 27 de março a 30 de maio. Posteriormente, a exposição visitará as cidades de Canaã dos Carajás, Parauapebas e Belém, no Pará.

A exposição tem como objetivo apresentar a rica biodiversidade e o conhecimento ancestral do maior bioma tropical do mundo, além de explorar novas descobertas sobre a relação entre a floresta e o clima e destacar a urgência de sua conservação.

Fabio Scarano, curador do museu, expressa sua satisfação com o primeiro projeto itinerante do Museu do Amanhã, destacando que é uma conquista significativa que reforça o pioneirismo do IDG. Ele enfatiza que o projeto amplia o alcance geográfico do Museu, além do ambiente virtual, e serve como um chamado à ação para a preservação de um dos maiores patrimônios mundiais que necessita de soluções urgentes para sua manutenção.

Uma característica distintiva do projeto itinerante é a capacidade de adaptar e personalizar a exposição de acordo com o local de destino. Isso permite que a exposição assuma diferentes formatos e tamanhos em cada cidade. Em cada parada, um artista local é convidado para compartilhar sua visão sobre o futuro da Amazônia.

Em São Luís, o artista visual, fotógrafo e cineasta Paulo Desana foi convidado e realizou uma oficina com indígenas do Maranhão. Juntos, eles criaram novas obras inspiradas nas mitologias indígenas do estado, com base na obra “Os Espíritos da Transformação”, de Paulo Pamürɨmasa.

Para a criação dos elementos visuais presentes em “Fruturos – Tempos Amazônicos”, foi realizada uma pesquisa coletiva dos grafismos/pinturas tradicionais do Maranhão, que foram posteriormente pintados em rostos indígenas. A tinta neon foi utilizada para o registro fotográfico, resultando em fotos vibrantes e coloridas, transformando as pessoas em telas de pinturas luminosas.

A exposição é dividida em sete áreas que abordam temas como fauna, flora, povos e cultura. Durante a visita, os visitantes terão a oportunidade de se sentir parte da floresta através da ambientação, que inclui atividades interativas, elementos que revelam a diversidade da Amazônia e a atmosfera sonora da região.


Edição atual da Revista Amazônia

Assine nossa newsletter diária