A 1ª Conferência Estadual do Camarão-da-Amazônia reuniu pescadores, gestores, empreendedores e técnicos ligados à pesca no Estuário Amazônico, em um evento realizado pela Embrapa Amapá nos dias 8 e 9 de agosto. O encontro buscou engajar os diversos participantes da cadeia produtiva do camarão na criação de uma rede de inteligência estratégica, com o objetivo de restaurar os estoques da espécie e revitalizar o mercado do camarão-da-Amazônia.
A crise atual de escassez do camarão no Estuário Amazônico foi um dos principais temas discutidos na conferência. “Este evento é crucial, pois a escassez do camarão afeta não apenas a economia local, mas também a cultura e o sustento de muitas famílias no Amapá. Precisamos encontrar soluções em conjunto”, ressaltou Jô de Farias Lima, chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Amapá.
A programação incluiu mesas-redondas e palestras com especialistas como Jô de Farias Lima, Walter Paixão (Embrapa Amapá), Francisco Malheiros (Associação de Trabalhadores Agroextrativistas das Ilhas da Cinzas/PA) e Bernardino Nogueira, diretor-presidente do Ibama no Amapá.
Paralelamente à conferência, uma reunião técnica foi realizada na Colônia de Pescadores Z8, em Mazagão (AP), envolvendo pescadores artesanais, líderes de colônias e representantes do Ibama, Ministério da Pesca e Aquicultura e da Secretaria Estadual de Pesca do Amapá. O encontro teve como foco ouvir as demandas dos pescadores para a criação de diretrizes legislativas voltadas à proteção do camarão-da-Amazônia.
A conferência fez parte da programação do VIII Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia e do I Simpósio Científico de Química da ABQ Amapá, organizados pela Rede Bionorte nos dias 7, 8 e 9 de agosto, na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Esses eventos reuniram pesquisadores, estudantes e profissionais para discutir os avanços e desafios enfrentados na região.
O professor Cleydson Breno Santos, coordenador do Workshop e do Simpósio, destacou a importância do evento para aprofundar a compreensão das inovações e dos obstáculos na área. Criada em 2008, a Rede Bionorte integra instituições da Amazônia Legal, com o objetivo de promover a formação de recursos humanos e a cooperação em projetos de pesquisa e inovação voltados para a biodiversidade e biotecnologia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.
Fonte: Portal Embrapa