Geral

Territórios Quilombolas: Guardiões da Floresta

Os territórios quilombolas do Brasil são verdadeiros guardiões da floresta. Segundo um levantamento recente do MapBiomas, essas áreas têm uma taxa de desmatamento significativamente menor em comparação com as áreas privadas do país.

O Desmatamento em Números

No período de 1985 a 2022, a perda de vegetação nativa nos territórios quilombolas foi de apenas 4,7%, enquanto as áreas privadas registraram uma porcentagem alarmante de 25%. Isso significa que, ao longo de 38 anos, foram destruídos 240 mil hectares de vegetação nativa nos territórios quilombolas, uma quantidade consideravelmente menor em comparação com outras áreas.

A Importância da Titulação

Os territórios quilombolas titulados ou com processo de titulação em andamento totalizam 3,8 milhões de hectares, correspondendo a apenas 0,5% do território nacional. No entanto, a diferença na perda de vegetação nativa entre territórios já titulados e aqueles com titulação pendente é notável. Os primeiros perderam 3,2% de sua vegetação, contra 5,5% da segunda categoria.

Publicidade

A Concentração da Vegetação Nativa

A vegetação nativa dos territórios quilombolas está principalmente concentrada na Amazônia (73%), no Cerrado (12%) e na Caatinga (10%). Entre 1985 e 2022, os territórios quilombolas da Caatinga foram os que mais viram a vegetação nativa desaparecer, com uma perda de 72,6 mil hectares. Em seguida, vêm os da Amazônia (58,4 mil hectares) e os do Cerrado (36,7 mil hectares). Na Mata Atlântica, ocorreu o inverso: houve um ganho de 7,8 mil hectares.

A Distribuição dos Territórios Quilombolas

A maioria dos territórios quilombolas (181) está localizada na Amazônia, seguida pela Mata Atlântica (136), Caatinga (94), Cerrado (63) e Pampa (20). A Amazônia também totaliza a maior área, com 2,5 milhões de hectares, à frente da Caatinga (550 mil hectares) e do Cerrado (500 mil hectares), que aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente. A Mata Atlântica e o Pampa somam 278 mil e 6,5 mil hectares.

Os dados do MapBiomas destacam a importância crucial dos territórios quilombolas na preservação da vegetação nativa do Brasil. Essas comunidades desempenham um papel vital na proteção de nossas florestas e na luta contra o desmatamento. É imperativo que continuemos a reconhecer e apoiar seu papel como guardiões da floresta.

Redação Revista Amazônia

Recent Posts

COP 30 terá “Casa do Saneamento” para dar destaque ao tema

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) reuniu representantes do setor de saneamento em sua sede,…

15 horas ago

Infraestrutura na Amazônia – Desenvolvimento necessário ou ameaça ambiental?

A construção de estradas na Amazônia tem sido um tema controverso há décadas. Enquanto ambientalistas…

16 horas ago

Gunung Padang, a pirâmide mais antiga do mundo escondida sob a terra

E se a pirâmide mais antiga do mundo não estivesse no Egito, mas sim na…

17 horas ago

6 cuidados com o girassol que você não pode negligenciar

O girassol (Helianthus annuus) é uma planta vibrante e cheia de energia, conhecida por sua…

1 dia ago

8 dicas para a suculenta brilhantina se manter sempre verdinha

A suculenta brilhantina (Pilea microphylla) é uma planta de fácil cultivo e bastante popular por…

1 dia ago

Brasil é o sétimo em ranking de crescimento econômico com 40 países

O Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico…

2 dias ago

This website uses cookies.