O câncer do colo do útero é um dos mais comuns e letais entre as mulheres brasileiras, sendo responsável por cerca de 8 mil mortes por ano no país. A principal causa dessa doença é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), um vírus que pode ser transmitido por contato sexual e que pode provocar lesões precursoras do câncer.
Para prevenir e tratar esse tipo de câncer, é essencial que as mulheres realizem periodicamente o exame de rastreamento, que consiste na coleta de células do colo do útero para análise em laboratório. O método mais utilizado atualmente é o papanicolau, que detecta as alterações celulares causadas pelo HPV.
No entanto, o papanicolau tem algumas limitações, como a baixa sensibilidade, a dependência da qualidade da amostra e a subjetividade na interpretação dos resultados. Por isso, muitas mulheres podem ter resultados falso-negativos, ou seja, não serem diagnosticadas com o HPV mesmo estando infectadas, e correrem o risco de desenvolver o câncer.
Uma alternativa mais eficaz e precisa é o teste molecular, que identifica diretamente o DNA do HPV na amostra coletada. Esse teste tem uma sensibilidade superior a 90%, o que significa que ele consegue detectar quase todos os casos de infecção pelo HPV. Além disso, o teste molecular é mais rápido, mais padronizado e menos propenso a erros humanos.
O teste molecular já é utilizado em vários países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e países da Europa, como parte do programa de rastreamento do câncer do colo do útero. Os estudos mostram que esse teste reduz significativamente a incidência e a mortalidade pela doença, pois permite o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das lesões causadas pelo HPV.
No Brasil, o teste molecular ainda não faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS), mas isso pode mudar em breve. O Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), emitiu um parecer preliminar favorável à incorporação do teste molecular como meio de detecção do HPV para rastreamento do câncer do colo do útero no SUS.
A Conitec considerou que o teste molecular é mais custo-efetivo do que o papanicolau, pois permite um intervalo maior entre os exames, reduz a necessidade de repetições e diminui os custos com o tratamento do câncer. A Conitec também avaliou que o teste molecular tem um impacto positivo na qualidade de vida das mulheres, pois aumenta a confiança no resultado, diminui a ansiedade e facilita o acesso ao serviço de saúde.
Para que o teste molecular seja incorporado ao SUS, é necessário que a sociedade civil participe da consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde até o dia 17 de janeiro de 2024. A consulta pública é uma forma de garantir a transparência e a participação social no processo de decisão sobre a incorporação de novas tecnologias no SUS. Qualquer pessoa pode acessar a plataforma Participa + Brasil e enviar sua opinião, sugestão ou crítica sobre o teste molecular para HPV.
A incorporação do teste molecular para HPV no SUS pode representar um avanço histórico na prevenção e no controle do câncer do colo do útero no Brasil, beneficiando milhões de mulheres que dependem do sistema público de saúde. Essa é uma oportunidade única de salvar vidas e promover a saúde da população feminina.
Por que a COP30 em Belém está gerando tanto burburinho? Em novembro de 2025, a…
Imagine uma economia que cresce sem derrubar uma única árvore, que transforma frutos como o…
Imagine um animal com um focinho que parece um aspirador de pó, uma língua mais…
Você já imaginou abrir a porta do quintal e dar de cara com uma jiboia…
Você está no quintal, aproveitando a noite, quando de repente vê um par de olhos…
Encontrar uma cobra-verde no jardim ou na mata pode assustar à primeira vista, mas será…
This website uses cookies.