Durante a COP30, Belém terá transporte gratuito 24 horas, rotas exclusivas e acessos sustentáveis que garantem mobilidade e inclusão


Em novembro, Belém se tornará o centro das atenções do mundo. Pela primeira vez na história, a Amazônia sediará uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas a COP30 e, com ela, virá uma operação logística sem precedentes. A capital paraense está prestes a receber delegações de mais de 140 países, cientistas, líderes empresariais, representantes da sociedade civil e milhares de visitantes.
Para garantir o deslocamento seguro e eficiente desse público, o governo brasileiro montou um sistema de transporte gratuito, exclusivo para credenciados, disponível 24 horas por dia entre 1º e 23 de novembro de 2025. A iniciativa faz parte do plano nacional de mobilidade sustentável, pensado para oferecer conforto, reduzir emissões e transformar a cidade em vitrine da transição verde.

Divulgação - COP30

Mobilidade gratuita e integração regional

O sistema contará com 15 linhas de ônibus dedicadas exclusivamente aos participantes credenciados pela UNFCCC, conectando os principais pontos da capital aos municípios da Região Metropolitana, entre eles Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel, Icoaraci, Outeiro, Mosqueiro e Castanhal.
Os coletivos circularão de forma ininterrupta e gratuita, operando em avenidas estratégicas como Nazaré, José Malcher, Almirante Barroso, Augusto Montenegro e BR-316. O embarque será permitido apenas mediante apresentação do crachá da Zona Azul (Blue Zone) ou da carta de credenciamento emitida pela organização da conferência.

O mapa digital de rotas, horários e pontos de parada está disponível no portal oficial do evento, permitindo que cada participante planeje seu deslocamento de forma antecipada. O modelo de operação, semelhante ao adotado em conferências anteriores da ONU, aposta em eficiência energética e redução de emissões, com parte da frota composta por veículos de baixa poluição.

Acesse o Mapa aqui: https://cop30.br/en/cop30-services/mobility

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Divulgação – COP30

Táxis, aplicativos e veículos particulares

Os serviços de táxi e transporte por aplicativo terão áreas exclusivas de embarque e desembarque para evitar congestionamentos. Os táxis operarão a partir da Avenida Visconde de Inhaúma, enquanto os carros de aplicativo — como Uber e 99 — terão ponto fixo na Avenida Rômulo Maiorana, ambos funcionando durante todo o período da conferência, de 1º a 23 de novembro.

Não haverá estacionamentos na área principal da COP30. O embarque e desembarque de veículos particulares será permitido apenas na Avenida Duque de Caxias, em zona de curta permanência. O governo recomenda o uso do transporte gratuito ou de modais alternativos, como forma de reduzir o impacto ambiental e o tráfego urbano.

Transporte público e mobilidade ativa

O transporte coletivo de Belém continuará funcionando normalmente para atender moradores e visitantes não credenciados. O ponto mais próximo do local da conferência fica na Avenida Almirante Barroso, entre as avenidas Júlio César e Dr. Freitas. As informações de itinerário e tarifas estão disponíveis no site da prefeitura (seguranca.belem.pa.gov.br/linhas).

A cidade também incentiva a mobilidade ativa. Bicicletas próprias, compartilhadas ou elétricas poderão ser utilizadas com segurança nas ciclofaixas e ciclovias que cercam o Parque da Cidade, uma das áreas que abrigará parte das atividades da conferência.
Para quem optar por pedalar, haverá bicicletários e pontos de apoio na Avenida Brigadeiro Protásio, próximos à entrada da Zona Azul. A proposta reforça o compromisso do evento com o transporte limpo e a redução da pegada de carbono.

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Divulgação – COP30

SAIBA MAIS: Transporte brasileiro reforça voz na COP30 em Belém

O que estará acessível aos credenciados

Os visitantes com credencial terão acesso à Zona Azul, onde ocorrerão as negociações diplomáticas, painéis técnicos e exposições oficiais. É o coração político da COP, reservado a delegações governamentais, agências multilaterais, empresas e organizações internacionais.
A poucos metros dali, a Zona Verde, de acesso público, oferecerá uma experiência cultural e educativa. O espaço abrigará feiras temáticas, oficinas, debates, mostras de cinema, apresentações artísticas e gastronômicas, com foco em sustentabilidade e diversidade amazônica. Ali, os visitantes poderão conhecer projetos de bioeconomia, tecnologia social, inovação climática e produção sustentável da região.

O credenciamento para a Zona Verde será gratuito e simplificado, com inscrições disponíveis online. O objetivo é garantir que a COP30 não seja apenas um encontro de líderes, mas também uma celebração aberta à sociedade.

Dicas práticas e infraestrutura

Para participar das atividades oficiais, é obrigatório portar o crachá emitido pela UNFCCC ou o comprovante de credenciamento validado pela organização. Haverá controle de segurança nas entradas, monitoramento eletrônico e revista de bagagens.
Belém, em novembro, registra temperaturas elevadas e alta umidade — recomenda-se o uso de roupas leves, protetor solar e hidratação constante. Todos os espaços da conferência contarão com infraestrutura acessível para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A COP30 adota política rigorosa de sustentabilidade: copos e utensílios plásticos serão limitados, e o evento contará com coleta seletiva e reutilização de resíduos. Os pavilhões serão climatizados por sistemas de baixo consumo e energia proveniente de fontes limpas.

Um legado para a Amazônia

Mais do que uma conferência global, a COP30 é vista como um teste de capacidade e inovação logística para Belém e para o Brasil. O sistema de transporte gratuito, aliado à mobilidade sustentável e ao acesso democrático às atividades, demonstra que grandes eventos podem ser planejados com eficiência e responsabilidade ambiental.

A capital paraense deve sair transformada com ruas requalificadas, estrutura cicloviária ampliada e novos hábitos de mobilidade urbana. O legado da COP30 será mais do que diplomático: será urbano, social e simbólico. Um convite para que o Brasil mostre ao mundo que é possível equilibrar modernidade, inclusão e floresta.