É comum que terrenos vazios se tornem verdadeiros pontos de encontro para animais silvestres, especialmente em regiões próximas a áreas verdes ou pouco urbanizadas. O que parece inofensivo à primeira vista pode, com o tempo, gerar riscos à saúde, à segurança e até à estrutura do imóvel. Animais como escorpiões, cobras, roedores e até aves podem transformar o espaço em um abrigo, criando situações inesperadas. É por isso que a prevenção contra animais silvestres deve ser tratada como prioridade por quem tem ou pretende adquirir um terreno vazio.

Animais silvestres: primeiros sinais de risco
O primeiro passo para lidar com o problema é entender que os animais silvestres não invadem terrenos sem motivo. Eles buscam locais onde encontram alimento, água e abrigo. Restos de entulho, vegetação alta e até lixo acumulado funcionam como convites. Muitas vezes, o dono só percebe a presença quando já há ninhos, tocas ou fezes espalhadas pelo espaço. Prevenir significa agir antes que esses sinais se tornem evidentes.
Manter a limpeza e cortar o mato regularmente
Um dos maiores atrativos para animais silvestres é a vegetação alta. Gramados sem corte e moitas de mato funcionam como esconderijo ideal para cobras e escorpiões, além de favorecer a proliferação de insetos. Cortar a vegetação a cada 15 ou 20 dias é uma medida simples e eficaz. O corte regular também reduz o risco de incêndios em épocas de calor intenso, problema frequente em terrenos baldios. Vale lembrar que a limpeza deve incluir a remoção de entulhos e galhos secos, que funcionam como abrigos perfeitos.
Eliminar fontes de água parada e recipientes abandonados
Água acumulada é um convite tanto para mosquitos como para pequenos animais silvestres que se aproximam em busca de hidratação. Baldes esquecidos, pneus, garrafas plásticas e até calhas obstruídas podem transformar o espaço em um criadouro perigoso. A dengue é o exemplo mais conhecido, mas há também a possibilidade de atrair anfíbios, como sapos e rãs, que logo chamam predadores maiores. A recomendação é vistoriar o terreno e descartar qualquer recipiente capaz de reter água.
Construir cercas ou muros de proteção
Terrenos abertos funcionam como passagem livre para animais. A construção de uma cerca bem estruturada ou, quando possível, um muro de alvenaria ajuda a restringir o acesso. Essa medida não elimina totalmente a possibilidade de invasão, mas cria uma barreira física importante. Além disso, serve para evitar que o terreno vire depósito de lixo da vizinhança, o que só aumenta os riscos. Em áreas mais críticas, cercas de tela galvanizada enterradas alguns centímetros no solo dificultam a entrada de roedores.
Usar repelentes naturais e barreiras físicas
Outro recurso que pode reforçar a prevenção contra animais silvestres é o uso de repelentes naturais. Plantas como citronela e arruda ajudam a afastar insetos e, indiretamente, reduzem a cadeia alimentar que atrai animais maiores. Há também produtos específicos no mercado, feitos à base de óleos essenciais, que podem ser aplicados no perímetro. Em casos mais graves, barreiras físicas como telas finas em ralos ou tampas em caixas de esgoto são fundamentais para impedir a entrada de escorpiões e pequenos répteis.
Realizar inspeções frequentes e buscar apoio especializado
Nenhuma medida de prevenção é completa sem acompanhamento. Vistorias quinzenais ou mensais ajudam a identificar indícios de presença animal antes que se tornem um problema. Rastros, buracos no solo ou barulhos noturnos não devem ser ignorados. Quando há suspeita de infestação, o ideal é acionar equipes especializadas em controle de pragas urbanas. Esses profissionais conseguem identificar a espécie presente e propor soluções seguras, sem colocar em risco a saúde do proprietário ou dos vizinhos.
O impacto na comunidade ao redor
Ignorar a prevenção contra animais silvestres não afeta apenas o dono do terreno. Vizinhos próximos também ficam expostos ao risco. Cobras e escorpiões podem facilmente atravessar muros e chegar a casas habitadas, enquanto roedores espalham doenças graves como leptospirose. Por isso, prefeituras e órgãos de saúde pública frequentemente fiscalizam terrenos baldios e aplicam multas quando encontram locais abandonados. O cuidado individual, nesse caso, reflete no bem-estar coletivo.
Prevenção como forma de valorização
Outra questão que muitos proprietários esquecem é o impacto da prevenção na valorização do imóvel. Um terreno limpo, cercado e livre de animais transmite mais confiança a possíveis compradores ou futuros inquilinos. Além de ser uma exigência em muitas cidades, manter o espaço em boas condições reduz gastos futuros com dedetização e reformas por danos estruturais. Ou seja, cuidar da prevenção não é só uma medida de segurança, mas também um investimento.
Uma responsabilidade que vai além da posse
No fim, ter um terreno vazio significa assumir um compromisso que vai além da escritura. A prevenção contra animais silvestres é, ao mesmo tempo, um dever com a comunidade e um cuidado com o patrimônio. Ao adotar medidas simples — como cortar o mato, eliminar água parada, cercar o espaço, usar repelentes e realizar inspeções — o proprietário não apenas evita riscos invisíveis, mas também contribui para uma vizinhança mais segura e saudável.
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