Estudos revelam toxicidade de metais em organismos marinhos

Autor: Redação Revista Amazônia

 

Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) têm investigado o impacto de diversos metais em organismos marinhos, com resultados publicados em três estudos recentes.

Captura de tela 2024 11 07 132738Na revista Marine Pollution Bulletin, foi apresentado um estudo que analisou a sinergia entre 21 misturas binárias de metais como arsênio, cádmio, cobre, ferro, mercúrio, chumbo e zinco. Os efeitos dessas misturas foram observados em colônias do zooplâncton Proales similis, revelando sinergismos significativos que indicam a necessidade de revisar os limites legais desses metais na água.

Outro estudo, publicado na Chemosphere, avaliou a toxicidade de nanopartículas de tungstato de zinco na microalga Raphidocelis subcapitata, demonstrando que o material inibe o crescimento da alga. Este trabalho, possivelmente o primeiro a abordar a toxicidade deste semicondutor em eucariotos, sublinha a importância de monitorar sua presença em ambientes aquáticos, especialmente devido ao seu uso em remediação ambiental.

Microalga Raphidocelis subcapitata

download 4A microalga Raphidocelis subcapitata também foi foco do estudo publicado na Ecotoxicology, que investigou os efeitos dos metais cobalto e níquel. O estudo mostrou que esses metais, isoladamente, alteram o metabolismo da alga, apresentando efeitos sinergísticos ou antagônicos dependendo das concentrações combinadas.

Os pesquisadores do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na UFSCar, destacam a importância de estudar os impactos combinados de metais em ambientes aquáticos, considerando que microalgas são sensíveis a contaminantes e estão na base da cadeia alimentar, influenciando todo o ecossistema.

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Para acessar os estudos completos:


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