A preparação de Belém para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas entra em sua reta final. Nesta semana, a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, percorreram alguns dos principais canteiros de obras e empreendimentos que vão servir de palco ou suporte para o encontro climático, que reunirá líderes e delegações do mundo inteiro em novembro.

A comitiva incluiu ainda a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia, e o ministro do Turismo, Celso Sabino, que acompanhou parte da agenda. O grupo visitou obras emblemáticas, como o Parque da Cidade, a Vila COP30, além de hotéis e imóveis particulares que receberão delegações oficiais e visitantes.
Estruturas que ficam como legado
O Parque da Cidade, que está com 99% das obras concluídas, será um dos pontos mais importantes da conferência. Ali estão sendo montadas a Zona Azul (Blue Zone) e a Zona Verde (Green Zone), espaços que concentram negociações diplomáticas, debates técnicos e atividades abertas ao público.
Hana Ghassan destacou a importância de ver os planos saindo do papel. “Tudo aquilo que foi sonhado agora está quase pronto para receber o mundo. Isso nos enche de orgulho”, disse a vice-governadora, que também preside o Comitê Estadual da COP30.

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O ministro Rui Costa, por sua vez, demonstrou entusiasmo com o Centro Gastronômico construído dentro do parque. Para ele, o espaço representa muito mais do que um ponto de alimentação. “Aqui, eu diria que é o palácio da refeição. Os restaurantes que vão atender os participantes ficarão como patrimônio da cidade e vão incentivar o turismo e novos eventos”, destacou.
Essa combinação de estruturas temporárias e permanentes mostra a estratégia do governo estadual de transformar os investimentos da COP30 em legado urbano e econômico para Belém, um dos grandes desafios em conferências desse porte.
Hospedagem diversificada
Outra parada da comitiva foi a Vila COP30, empreendimento com 405 suítes que já está com 91% das obras concluídas. Durante a conferência, o espaço receberá líderes mundiais e delegados. Depois, será convertido em sede administrativa do governo estadual, reforçando a ideia de herança duradoura para a capital paraense.
No setor privado, os olhares também se voltam para a hospitalidade. A comitiva visitou o hotel Vila Galé, que terá papel de destaque na hospedagem durante o evento. Parte da equipe do hotel foi qualificada pelo programa Capacita COP30, iniciativa estadual que prepara trabalhadores locais para atender às demandas de turismo e serviços da conferência.
O roteiro incluiu ainda imóveis particulares cadastrados em plataformas de aluguel por temporada. Os proprietários conversaram com as autoridades sobre expectativas e sobre como a COP30 pode abrir novas oportunidades para o mercado de hospedagem em Belém.
A agenda de inspeções continua nos próximos dias. Rui Costa confirmou que nesta quarta-feira (24) fará vistoria no Porto de Outeiro, onde ficarão atracados dois navios de cruzeiro que funcionarão como hotéis flutuantes durante a COP30. A programação também prevê uma entrevista coletiva à imprensa para atualizar os avanços da preparação.
Belém vive, portanto, um momento decisivo. As obras e projetos que se consolidam agora não são apenas estruturas para receber visitantes, mas também ferramentas para reposicionar a cidade e o Pará como protagonistas globais no debate climático. Combinando infraestrutura, turismo e legado social, a expectativa é que a COP30 deixe marcas permanentes no desenvolvimento da região amazônica.







































