Gfanz, o maior clube de finanças climáticas do mundo, inaugura sua divisão brasileira

Autor: Redação Revista Amazônia

 

A Glasgow Financial Alliance for Net Zero (Gfanz), uma iniciativa global lançada na COP26 com o objetivo de acelerar a transição do setor financeiro mundial para net zero, inaugurou seu capítulo brasileiro na segunda-feira (26). A Gfanz, que conta com quase 700 instituições financeiras, busca estimular o setor financeiro brasileiro a desenvolver planos de descarbonização e promover o financiamento climático.

Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda, assumirá a presidência do conselho consultivo da divisão brasileira, que também contará com o apoio de Denise Pavarina, conselheira do Bradesco. Atualmente, a iniciativa está em busca de um líder local.

A coalizão é co-presidida por Michael Bloomberg, que também financia a iniciativa, e Mark Carney, ex-presidente dos bancos centrais da Inglaterra e do Canadá e uma das principais figuras da agenda verde no setor financeiro global. “Inauguramos a divisão brasileira da Gfanz com a presença de muitos bancos, investidores e gestores de fundos que estão realmente comprometidos com as finanças climáticas e a inovação”, disse Levy durante um painel do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas na terça-feira.

De acordo com ele, o Brasil é “um dos poucos países onde já existem bancos com uma visão muito clara da pegada de carbono de sua carteira de empréstimos. Eles estão cientes não apenas de suas próprias emissões, mas também das emissões de seus tomadores de empréstimos.”

A Gfanz foi lançada há três anos com 450 instituições, que juntas detêm US$ 140 trilhões em ativos, incluindo bancos, assets, seguradoras e outros. Hoje, a aliança conta com 675 instituições de 50 países. Na segunda-feira, a Gfanz também firmou um acordo com o BNDES para criar uma plataforma digital que conectará projetos sustentáveis no Brasil ao capital internacional.


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