Redução de emissões da indústria química pode acelerar transição verde na América do Sul

Autor: Redação Revista Amazônia

 

No Dia da Terra deste ano, a atenção se volta para a necessidade urgente de acelerar a transição para uma economia verde e sustentável. Dentro desse cenário, a indústria química emerge como uma peça fundamental na mitigação dos impactos das mudanças climáticas e no desenvolvimento de insumos que impulsionem uma economia de baixo carbono em toda a cadeia produtiva. Na América do Sul, essa transição apresenta uma vantagem competitiva, impulsionada por suas riquezas naturais e o potencial para descarbonização.

Estimativas da ONU indicam que países de renda média e baixa, como os da América do Sul, precisarão investir entre US$ 215 bilhões e US$ 387 bilhões anualmente até 2030 para se adaptarem às mudanças climáticas. Um levantamento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), apresentado na COP28 em Dubai, estima que serão necessários cerca de R$ 40 bilhões para descarbonizar a indústria brasileira até 2050. Empresas do setor químico já estão realizando investimentos significativos nesse sentido, e a BASF se destaca, alinhando suas emissões de carbono às metas globais da empresa.

A BASF, em escala global, tem implementado estratégias para reduzir suas emissões de CO2, como parte de seu compromisso com o Acordo Climático de Paris. A meta é atingir emissões líquidas zero de carbono em seus processos produtivos até 2050. Para alcançar esse objetivo, a empresa estabeleceu metas intermediárias, como a redução de 25% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, enquanto aumenta os volumes de produção. Para isso, serão investidos até €4 bilhões globalmente até o final da década.

Um aspecto crucial desse processo é a contabilização das emissões de carbono. A BASF desenvolveu uma ferramenta própria, chamada SCOTT (Strategic CO2 Transparency Tool), para calcular suas emissões e proporcionar transparência aos diferentes atores da cadeia produtiva. Essa ferramenta não só permite medir a pegada de carbono dos produtos, mas também ajuda a identificar oportunidades de redução.

Captura de tela 2024 04 19 115639Além de reduzir suas próprias emissões, a BASF está promovendo inovações que contribuem para um futuro mais sustentável. Um exemplo é a modernização da planta da Suvinil em São Bernardo do Campo (SP), que reduziu significativamente a pegada de carbono da produção de tintas decorativas. A iniciativa envolveu a redução do número de ingredientes necessários para fabricação das tintas, resultando em uma redução de cerca de 65% na pegada de carbono.

Essas ações da BASF são apenas uma parte de um esforço maior para promover uma economia circular e sustentável. Investimentos em inovação, reciclagem de resíduos e uso de matérias-primas renováveis são fundamentais para alcançar as metas de redução de emissões e construir um futuro mais sustentável.

Além disso, a BASF está comprometida com a utilização de energia elétrica proveniente de fontes renováveis em suas operações na América do Sul. Isso inclui o uso de energia solar em suas Estações de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), resultando em uma redução significativa das emissões de carbono.

Em resumo, a indústria química tem um papel crucial a desempenhar na transição para uma economia verde na América do Sul. Empresas como a BASF estão liderando o caminho, implementando medidas para reduzir suas emissões e promover a inovação sustentável. Esses esforços são essenciais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e construir um futuro mais sustentável para todos.


Edição atual da Revista Amazônia

Assine nossa newsletter diária