Combate ao garimpo ilícito
Nesta terça-feira (25/6), uma força-tarefa do Governo Federal desmantelou mais um acampamento de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). A operação, conduzida por militares das Forças Armadas, agentes do Ibama e da Polícia Federal, resultou na apreensão de 3 toneladas de cassiterita e diversos equipamentos usados na mineração ilícita, além da destruição de uma pista de pouso clandestina. Desde o início da fase 2 da operação Catrimani, há três meses, foram desmantelados 156 acampamentos, realizadas 49 prisões e apreendidas 29 armas.
Operação Coordenada de Proteção Indígena
A operação, iniciada em 26 de março, abrange os estados do Amazonas e Roraima, sob a coordenação do Ministério da Defesa. Envolve uma ampla colaboração entre as Forças Armadas e órgãos de segurança, proteção ambiental, inteligência e fiscalização, em articulação com a Casa de Governo.
Cerca de 400 militares estão envolvidos, utilizando 20 navios e embarcações, 28 veículos e 5 aeronaves, principalmente helicópteros, que são cruciais para acessar áreas remotas. A operação visa destruir aeronaves clandestinas, pistas de pouso ilegais, balsas, embarcações e acampamentos, comprometendo a infraestrutura que sustenta a atividade ilegal e oferecendo suporte logístico a operações governamentais emergenciais.
Desafios e Capacidades Operacionais
O General de Divisão Cláudio Henrique da Silva Plácido, Subcomandante do Comando Conjunto Operacional Catrimani II, destacou os desafios enfrentados pela operação, como a dificuldade de acesso, condições climáticas adversas e degradação das pistas de pouso. Ele ressaltou a competência técnica e o treinamento das Forças Armadas e das equipes de segurança pública e agências governamentais, que, através de meios fluviais, terrestres e aéreos, conseguem realizar a operação de forma eficaz.
Ações Recentes em Surucucu
Na última semana, outra ação significativa ocorreu na região de Surucucu, onde cinco acampamentos nos garimpos Feijão Queimado e Hakoma foram destruídos. Foram inutilizados 9 motores e 5 geradores de energia usados pelos garimpeiros. Esta operação integra os esforços contínuos de controle, monitoramento, prevenção e repressão a ilícitos transfronteiriços e ambientais, além de garantir a proteção das comunidades indígenas em diversas regiões da TIY.
Apoio Humanitário e Resultados Alcançados
Durante a primeira fase da operação Catrimani, de janeiro a março deste ano, as Forças Armadas prestaram atendimento humanitário a 236 comunidades indígenas, transportando cargas, combustível, e realizando evacuações aeromédicas. Foram distribuídas 36,6 mil cestas de alimentos aos yanomami, com a participação de 374 militares.
Na segunda fase da operação, mais 15 mil cestas de alimentos foram entregues, com 2.414 horas de voo percorrendo aproximadamente 680 mil km, o equivalente a 17 voltas ao redor da Terra. Além disso, foram realizadas cinco evacuações aeromédicas.
Redução do Garimpo Ilegal
O número de alertas de garimpo na TIY caiu significativamente, de 378 entre janeiro e abril do ano passado para 102 no mesmo período de 2024, representando uma redução de 73%, conforme dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Para mais detalhes sobre a iniciativa, consulte a Portaria GM-MD Nº 1511/2024, que prevê a continuidade da operação até 31 de dezembro deste ano.