ATPI lança Envira REDD+ no Acre: Crédito de carbono de alta Integridade com Petrobras, Netflix e Lavazza


O sopro ancestral da floresta Amazônica pulsa em cada página deste novo capítulo de ambições corporativas e preocupações climáticas, e quando olhamos para as planícies verdejantes do Acre, não vemos apenas árvores milenares, vislumbramos os reflexos de uma economia global que busca, a cada passo, reconciliar lucro e preservação.

Acre

Projeto Envira REDD+

Foi nesse cenário, colorido pelas margens do Rio Envira, que ATPI, a gigante dos serviços de viagens de negócios, escolheu fincar sua bandeira de sustentabilidade: o projeto Envira REDD+ chega como um convite para repensar nossas pegadas de carbono, transportar-nos para uma narrativa em que o cuidado com o outro (humano ou vegetal) torna-se medida de sucesso.

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Imagem: TV Brasil via Agência Brasil

A história começa longe dali, em salas de reunião de multinacionais e em planilhas repletas de dados de emissão. Nessas reuniões, surgia uma reivindicação clara: “Preciso de algo mais do que promessas; quero soluções palpáveis, alinhadas ao território onde atuo”. Era esse o apelo de grande parte dos clientes de ATPI, especialmente daqueles com interesses espalhados pelo continente sul-americano. A empresa, então, decidiu expandir seu portfólio global de compensação de carbono, o ATPI Halo, e para isso, encontrou em Respira International o parceiro perfeito: uma organização com reputação de rigor e projetos certificados segundo altos padrões internacionais.

Três pilares

O projeto Envira REDD+ ganha forma a partir de três pilares que se entrelaçam como cipós: proteção ambiental, engajamento comunitário e integridade financeira. No primeiro, atua como muralha viva contra o desmatamento e a degradação florestal de uma área superior a 39 000 hectares, tamanho equivalente a quase cinquenta mil campos de futebol dispostos lado a lado. Ali, cada árvore preservada é um bastião contra a liberação de milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

No segundo, proporciona aos moradores locais, comunidades ribeirinhas e populações tradicionais, novos horizontes de renda, baseados em práticas que respeitam o pulso da floresta, em vez de dilacerá-lo. No terceiro, entrega aos investidores créditos de carbono com selo tríplice-ouro do Climate, Community & Biodiversity Standards e classificação BBB pela BeZero Carbon, dois reconhecimentos que dispõem clareza e confiança a quem busca compensar emissões de forma séria.

Investimento ambiental

Petrobras, gigante nacional de energia, não apenas abraçou a iniciativa, mas investiu recursos que ultrapassam a simples compra de créditos emitidos em 2020: comprometeu-se com aportes de até 120 milhões de dólares para fortalecer o mercado brasileiro de carbono. Essa decisão transborda o campo simbólico; aflora uma transformação de mentalidade corporativa, que entende investimento ambiental como alicerce para a longevidade dos próprios negócios.

Não por acaso, Netflix e Lavazza também aparecem como coadjuvantes desta trama, conferindo maior amplitude e reconhecendo que, em tempos de visibilidade global, alinhar-se a projetos de alta integridade confere não apenas reputação, mas sentido.

Perdidos em meio à complexa teia de certificações e selos, poderíamos esquecer que, por trás de cada etapa, habitam pessoas com rostos marcados pelo labor diário. Caminhar por Trilhas de terra vermelha, ladeadas por igarapés e bromélias que se penduram como lustres naturais, é entender que a floresta fala uma língua própria, feita de pingos de chuva, cantos de pássaros e estalos de galhos. E que essa linguagem precisa ser traduzida em oportunidades concretas, como oficinas de marcenaria sustentável ou produção de mel orgânico.

Ao incentivar o protagonismo local, o Envira REDD+ evita dois erros comuns: o paternalismo e o silenciamento. Ao invés de apenas “doar” dinheiro, investe em autonomia. Ao invés de “impor” práticas, escuta histórias.

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confluências corporativas e saberes ancestrais

Eis, então, a magia dessa confluência entre travessias corporativas e saberes ancestrais: a construção de um mecanismo de mercado que respeita os ciclos da natureza. A cada crédito de carbono adquirido, registra-se o compromisso de evitar uma tonelada de CO₂, mas também o compromisso de fortalecer cadeias produtivas de baixo impacto. Em muitas iniciativas anteriores, compensação significava, às vezes, deslocar problemas: reflorestar em um país para “descontar” emissões feitas em outro. No projeto Envira REDD+, porém, a territorialidade é central.

Os créditos são gerados no mesmo chão onde, dias antes, gado e roças de queimada ameaçavam abrir clareiras. Ali, cada hectare protegido é um pacto ambiental e social, firmado com testemunhas invisíveis — onças, macacos e insetos que, silenciosos, esperam não ser relegados ao esquecimento.

Num balanço rápido, o ATPI Halo já negociou mais de cinquenta mil créditos, o que significa compensar emissão equivalente a conduzir um automóvel a gasolina por 250 000 000 de milhas, ou abastecer quase 10 000 lares durante um ano. Números impressionantes, de fato, mas insuficientes se não se prestarem a nos lembrar que, para cada tonelada de carbono que deixamos de acumular na atmosfera, existe uma cadeia de escolhas cotidianas: identificar a viatura mais eficiente, repensar o deslocamento até uma reunião, priorizar conexões virtuais sempre que possível.

Não é trivial medir o impacto de ações feitas à distância: quantas árvores seguem vivas graças a um clique num painel online de compensação? Quantas comunidades viram crescer aulas de capacitação e quadros de saúde mental fortalecidos? Por isso, o olhar de Pippa Ganderton, diretora do ATPI Halo, vai além dos gráficos: “Este projeto vai ao encontro do que nossos clientes desejam: soluções de integridade que gerem valor ambiental e social tangível.

O Envira REDD+ reverbera na Amazônia e ecoa nos balanços de quem tem operações na América do Sul.” O gesto de Ganderton manifesta algo mais amplo: a vontade de construir pontes entre mundos que, historicamente, se ignoraram, o corporativo e o comunitário, o urbano e o rural, o moderno e o tradicional.

Preservação e economia sustentável

Em paralelo, não podemos desconsiderar a dimensão financeira: com preço indicativo de 12 dólares por tonelada em 2025, o Envira REDD+ oferece uma opção competitiva para empresas de energia e parceiros de cadeia de suprimentos. Investir na preservação é, também, abraçar uma economia que se sustenta em fluxos de capital responsáveis. Quem olha apenas para o menor custo de curto prazo corre o risco de arcar, no futuro, com despesas elevadas de adaptação e reparação: calamidades climáticas, crises de abastecimento de água, instabilidades sociais.

Permitir que esse projeto se mova é, assim, um passo de dança cuidadoso: é entender que o valor real não está apenas no crédito financeiro, mas na história compartilhada entre quem financia e quem vive diariamente sob a copa das árvores. Muitos se referem ao Acre como “a ponta do diamante verde da Amazônia”, e não por acaso: é ali que se testam estratégias de desenvolvimento que poderiam, um dia, virar referência global. Se outrora se acreditava que a grandeza de uma nação se mediria pela expansão de seu PIB, hoje começamos a compreender que a verdadeira prosperidade talvez consista na capacidade de proteger e regenerar seus próprios ecossistemas.

Em tempos de discursos apocalípticos e manchetes alarmantes, o Envira REDD+ aparece como um antídoto de esperança. Não elimina o desmatamento da noite para o dia, tampouco promete soluções milagrosas. Adota, porém, uma postura paciente: valoriza o lento crescimento de plântulas, o amadurecimento de práticas comunitárias e a solidez de contratos transparentes. Há, em cada hectare preservado, o testemunho de que a ação coletiva, unindo o bolso do investidor, o saber tradicional e a ciência moderna, pode gerar alternativas reais ao enigma climático.

Desafios

E, ao mesmo tempo, representa um desafio de continuidade. Sustentabilidade não é um destino, mas uma jornada repleta de curvas: é preciso manter o monitoramento, combater a ilegalidade, fidelizar novos compradores de crédito e, acima de tudo, inspirar outras empresas a pensar em termos de territorialidade e justiça socioambiental. Sem isso, corre-se o risco de que projetos isolados sejam engolidos pela lógica predominante de ganhos imediatistas.

Assim, quando olhamos para o projeto Envira REDD+, não enxergamos apenas a extensão de uma floresta que resiste, mas o reflexo de perguntas urgentes: de que forma queremos viajar pelo planeta? Que legado ambienta e social queremos deixar? E, sobretudo, como reinventar o contrato tácito entre empresa e comunidade para que ambos prosperem sem explorar o outro?

ATPI Lança Envira REDD+ no Acre: Crédito de Carbono de Alta Integridade com Petrobras, Netflix e Lavazza

A expansão do ATPI Halo para o Acre é, portanto, mais do que um passo corporativo: é um convite para reencontrar nosso lugar na teia da vida. A floresta não é apenas um recurso, é interlocutora de uma trama complexa, que envolve cada página virada em relatórios de sustentabilidade e cada sorriso de quem, pela primeira vez, vislumbra um futuro de renda e floresta de mãos dadas. Se estivermos dispostos a ouvir esse sopro ancestral, talvez descubramos que o maior crédito de carbono que podemos comprar é aquele que preserva a própria capacidade de sonhar com um mundo em que a natureza não seja dívida, mas riqueza compartilhada.