Amazôniatec e a economia circular que transforma a Amazônia

Autor: Redação Revista Amazônia

 

Em meio à floresta amazônica, onde a vida pulsa em cada folha, uma revolução silenciosa está redesenhando o futuro. A Amazôniatec sustentabilidade lidera iniciativas que unem economia circular Amazônia e práticas agroecológicas, capacitando comunidades quilombolas para criar um modelo de desenvolvimento sustentável. Como essas comunidades transformam resíduos em recursos? O que a Amazôniatec está fazendo para fortalecer a bioeconomia? Vamos explorar como o conhecimento tradicional e a inovação estão construindo um amanhã mais verde.

Amazôniatec e sua missão na Amazônia

O Instituto de Estudos Sustentáveis e Tecnológicos da Amazônia, ou Amazôniatec, é uma força motriz na promoção de práticas sustentáveis na região. Fundado para integrar conhecimento tradicional com tecnologias modernas, o instituto trabalha diretamente com comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas, oferecendo capacitação, tecnologias sociais e apoio à bioeconomia. Seu projeto PROMED, por exemplo, combina agroecologia e economia circular para aumentar a segurança alimentar e a autonomia local.

Segundo Hinton Bentes, diretor da Amazôniatec, “a sustentabilidade não é um conceito distante, mas uma prática diária que valoriza a floresta e seus povos”. Por meio de parcerias com universidades, como a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), e organizações como a Embrapa, a Amazôniatec está transformando a Amazônia em um laboratório vivo de inovação.

Economia circular e agroecologia em ação

A economia circular busca eliminar o desperdício, transformando resíduos em novos recursos dentro das cadeias produtivas. Na Amazônia, isso significa reaproveitar cascas, sementes e outros subprodutos agrícolas para fertilizar solos ou criar novos produtos. A agroecologia, por sua vez, promove sistemas de produção que respeitam a biodiversidade, usando técnicas como rotação de culturas e biofertilizantes para reduzir insumos externos.

A Amazôniatec implementa essas práticas em comunidades quilombolas, como as do Baixo Amazonas. Um exemplo é o reuso de resíduos de açaí para produzir composto orgânico, que enriquece solos para o cultivo de plantas medicinais. Um estudo da Revista Científica Agropampa, citado em Unipampa, mostra que essas iniciativas reduziram em 40% a dependência de fertilizantes químicos e aumentaram a produção de ervas medicinais em 78%.

Impacto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

As ações da Amazôniatec alinham-se diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, trazendo benefícios concretos para as comunidades e o meio ambiente:

  • ODS 1 (Erradicação da Pobreza): Capacitação e cadeias produtivas sustentáveis geraram 62% de aumento na renda local.
  • ODS 2 (Fome Zero): Sistemas agroecológicos fortaleceram a segurança alimentar com cultivos diversificados.
  • ODS 12 (Consumo Responsável): A economia circular minimiza resíduos, reaproveitando subprodutos.
  • ODS 13 (Ação Climática): Práticas de conservação reduzem emissões e aumentam a resiliência ambiental.
  • ODS 15 (Vida Terrestre): A proteção da biodiversidade é priorizada com manejo sustentável.

Esses avanços, apoiados pela Amazôniatec, mostram que a sustentabilidade pode ser um motor de inclusão social e preservação ecológica.

Resultados que inspiram

Os números falam por si. Comunidades quilombolas envolvidas nos projetos da Amazôniatec relatam impactos transformadores. Além do aumento na produção de plantas medicinais e da redução na dependência de insumos externos, as iniciativas criaram novas oportunidades econômicas. Por exemplo, a venda de biofertilizantes e produtos artesanais, como óleos essenciais, fortaleceu a economia local, especialmente para mulheres e jovens.

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Tecnologias sociais e inovação

A Amazôniatec se destaca pelo uso de tecnologias sociais, soluções simples e adaptadas às realidades locais. Um exemplo é o sistema de compostagem comunitária, que transforma resíduos orgânicos em adubo para roças agroecológicas. Outra inovação é a criação de viveiros comunitários, que produzem mudas nativas para reflorestamento e cultivos sustentáveis, como o guaraná e o cupuaçu.

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O projeto PROMED, carro-chefe da Amazôniatec, capacita quilombolas para gerirem suas cadeias produtivas, desde o plantio até a comercialização. Essas iniciativas integram conhecimento tradicional, como o uso de plantas medicinais pelos quilombolas, com técnicas modernas, como o monitoramento de solos por sensores, garantindo produtividade e respeito à cultura local.

Gestão participativa e educação

A Amazôniatec sustentabilidade aposta na gestão participativa, onde as comunidades são protagonistas. Reuniões comunitárias decidem prioridades, como a escolha de cultivos ou a destinação de resíduos. Esse modelo fortalece a identidade cultural e empodera os quilombolas, que compartilham saberes ancestrais, como o manejo de roças tradicionais, com inovações propostas pela Amazôniatec.

A educação transformadora é outro pilar. Oficinas de agroecologia, realizadas em parceria com a Instituto Amazônia, ensinam técnicas sustentáveis e incentivam o diálogo intergeracional. Jovens quilombolas, por exemplo, aprendem a usar aplicativos para monitorar plantios, conectando tradição e tecnologia.

Desafios e o caminho adiante

Apesar dos avanços, a economia circular na Amazônia enfrenta barreiras. A falta de infraestrutura, como estradas e energia confiável, dificulta a comercialização de produtos. O desmatamento, que destruiu 11% da floresta entre 1985 e 2020, ameaça os ecossistemas que sustentam essas práticas. Além disso, a burocracia para acessar incentivos governamentais limita o alcance dos projetos.

A Amazôniatec trabalha para superar esses desafios, buscando parcerias com o setor privado e apoio em eventos globais, como a COP30, em Belém, 2025. A meta é escalar iniciativas como o PROMED, levando a economia circular a mais comunidades e consolidando a Amazônia como referência em bioeconomia.

Lições para o mundo

O trabalho da Amazôniatec prova que a sustentabilidade é mais do que preservar — é inovar, incluir e prosperar. As comunidades quilombolas, com apoio do instituto, mostram que resíduos podem virar riqueza, solos pobres podem florescer e tradições podem guiar o futuro. Essas lições vão além da Amazônia, inspirando modelos de desenvolvimento que equilibram economia, cultura e meio ambiente.

Curiosidade: o projeto PROMED inspirou iniciativas similares em Moçambique, onde comunidades rurais adotaram compostagem e agroecologia, mostrando o alcance global das ideias da Amazôniatec.

Junte-se à revolução sustentável

A economia circular Amazônia, liderada pela Amazôniatec sustentabilidade, é um convite para repensar o desenvolvimento. Apoie as comunidades quilombolas, valorize a bioeconomia e compartilhe essa história de inovação e resiliência. A Amazônia está mostrando ao mundo que o futuro pode ser verde, inclusivo e próspero. Vamos construir esse amanhã juntos?

 


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