A Escola Municipal Manuela Freitas, situada no bairro de São Brás, tornou-se a 21ª unidade a receber a instalação de um biodigestor HomeBiogas, reforçando o compromisso da rede pública de ensino de Belém com a inovação sustentável. O projeto, que integra a gestão de resíduos orgânicos ao cotidiano escolar, visa promover tanto a educação ambiental quanto a economia de recursos. Essa ação é fruto de um convênio entre o Governo Federal, por meio da Itaipu Binacional, a Prefeitura de Belém e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).
Biodigestor HomeBiogas
Instalado no dia 22 de dezembro, o biodigestor da escola transforma resíduos orgânicos, como restos de alimentos das merendas escolares, em biogás e biofertilizantes. O biogás gerado será utilizado na própria cozinha da escola, enquanto o fertilizante será destinado à horta escolar, fechando um ciclo sustentável de produção e consumo de alimentos.
Rodrigo Huhn, presidente da AMAZÔNIATEC e distribuidor do biodigestor HomeBiogas, enfatizou os benefícios do projeto para a escola e para as comunidades ao redor. “Este projeto não só diminui a quantidade de lixo e o impacto ambiental, mas também serve como uma valiosa ferramenta pedagógica, ensinando às crianças e jovens a importância de preservar o meio ambiente. A Escola Manuela Freitas é um excelente exemplo de como a educação pode caminhar lado a lado com a sustentabilidade”, afirmou Huhn.
A AMAZÔNIATEC desenvolve projetos sustentáveis na Amazônia voltados para as questões socioambientais, tecnologia, inovação e bioeconomia.
Engajamento da Comunidade Escolar
A implementação do biodigestor foi acompanhada de palestras e workshops direcionados aos professores, alunos e funcionários, com o intuito de envolver toda a comunidade escolar no entendimento e na adoção de práticas ambientais mais responsáveis.
A diretora da escola, Márcia Chaves, expressou sua satisfação com a iniciativa. “Este é um marco significativo para nossa instituição. Saber que nossa escola agora contribuirá com práticas sustentáveis e inovadoras é uma grande conquista. Além disso, a utilização do biogás proporcionará uma economia considerável na nossa cozinha”, comemorou.
Os alunos também se mostraram empolgados com a novidade. Lucas Andrade, de 13 anos, afirmou que a instalação do biodigestor oferece uma oportunidade única de aprender de forma prática. “Nas aulas a gente aprende como o lixo pode se transformar em coisas boas, e agora vamos ver isso na prática. Quero compartilhar esse conhecimento com minha família”, disse o estudante.
Próximos Passos
A instalação do biodigestor na Escola Manuela Freitas faz parte de uma fase inicial de um projeto maior, que prevê a implementação dessa tecnologia em mais onze escolas municipais até o fim do ano. A ação tem como objetivo aprimorar a gestão de resíduos sólidos e incentivar o uso de fontes de energia renováveis nas escolas de Belém.
Márcia Bittencourt, coordenadora do Eixo 3 de Educação Ambiental e Sustentabilidade do Convênio Itaipu/Fadesp/PMB, explicou que, além dos impactos positivos no meio ambiente, o programa também oferece benefícios econômicos diretos para as escolas. “O biodigestor transforma resíduos orgânicos em biogás e biofertilizantes, que podem ser usados nas hortas escolares ou até comercializados. Além disso, oferece uma maneira prática de ensinar química, biologia e física aos alunos, promovendo a sustentabilidade de forma integrada. O projeto também é uma excelente oportunidade para escolas que já utilizam energia solar, consolidando um modelo de educação sustentável em Belém”, afirmou.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semec), iniciativas como esta colocam Belém na vanguarda das práticas sustentáveis na educação pública, demonstrando como soluções inovadoras podem transformar escolas em espaços de aprendizado e cuidado com o meio ambiente.