Bioeconomia na Amazônia atrai bilhões

Autor: Redação Revista Amazônia

Imagine uma economia que cresce sem derrubar uma única árvore, que transforma frutos como o cacau em riqueza e ainda combate as mudanças climáticas. Essa é a promessa da bioeconomia na Amazônia, uma revolução verde que está atraindo bilhões em investimentos e colocando o Pará no centro do mapa global. Com a COP30 chegando a Belém em novembro de 2025, o mundo está de olho nesse modelo sustentável. Neste artigo, você vai descobrir 7 fatos surpreendentes sobre como a bioeconomia Amazônia está mudando o jogo, trazendo inovação, empregos e conservação. Pronto para se inspirar?

1. Um mercado global de US$ 7,7 trilhões até 2030

A bioeconomia não é só uma tendência local — é uma oportunidade global gigantesca. Segundo o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), o setor pode gerar US$ 7,7 trilhões em negócios até 2030. Na Amazônia, isso significa valorizar produtos como açaí, cacau e castanha-do-pará sem prejudicar a biodiversidade. Comparado ao mercado global de tecnologia, que movimenta cerca de US$ 5 trilhões, o potencial da bioeconomia é ainda maior. Para saber mais, confira o relatório do WBCSD em wbcsd.org.Casarão será transformado no Centro de Inovação e Bioeconomia, em Belém - Foto: Prefeitura municipal de Belém

2. No Pará, a bioeconomia pode chegar a 4,5% do PIB

O Pará está na vanguarda da bioeconomia no Brasil. Estudos estimam que, até 2030, o setor pode representar 4,5% do PIB estadual, um salto impressionante para uma região historicamente dependente de atividades extrativistas. Para colocar em perspectiva, isso seria equivalente à contribuição de setores como a construção civil em muitos estados brasileiros. O PlanBio Pará, um plano estadual de longo prazo, está pavimentando o caminho com incentivos fiscais e segurança jurídica para investidores.

Dona Nena produz chocolate e outros derivados do cacau de forma artesanal na Ilha do Combu - Foto: Fabiola Sinimbú/Agência Brasil
Dona Nena produz chocolate e outros derivados do cacau de forma artesanal na Ilha do Combu – Foto: Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

3. Dona Nena e o poder do cacau sustentável

Conheça dona Nena, uma ribeirinha da Ilha do Combu que transformou o cacau nativo em ouro verde. Com sua empresa de chocolates artesanais, ela beneficia 16 famílias, promove o manejo sustentável e até financia infraestrutura como captação de água da chuva. Sua história mostra como a bioeconomia valoriza o conhecimento local e gera renda sem desmatamento. Comparada a grandes indústrias de chocolate, que muitas vezes dependem de monoculturas, a abordagem de dona Nena é um exemplo de sustentabilidade. Veja mais sobre iniciativas locais em tnc.org.br.

4. COP30 em Belém coloca a bioeconomia no holofote

Belém será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro de 2025, e a bioeconomia será uma das estrelas do evento. A cidade está se preparando com projetos como o Centro de Inovação e Bioeconomia (CIBB), que vai revitalizar um casarão histórico com R$ 20 milhões em investimentos. Esse espaço será um hub para startups e divulgação do modelo econômico sustentável, atraindo olhares globais. Para mais sobre a COP30, visite unfccc.int.

5. De 70 a 500 startups – A explosão da inovação

Há poucos anos, o Pará tinha cerca de 70 startups de bioeconomia, e a maioria não sobrevivia. Hoje, já são 300, e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, com R$ 300 milhões em investimentos, planeja atrair mais 200 até 2030. Essas startups estão criando desde bioplásticos até cosméticos sustentáveis, reduzindo a informalidade e conectando empreendedores ao mercado global. Comparado ao Vale do Silício, o ecossistema amazônico é menor, mas cresce rápido. Saiba mais em idesam.org.

6. Infraestrutura e conectividade como chaves do sucesso

A bioeconomia depende de mais do que boas ideias — ela precisa de infraestrutura. No Pará, iniciativas como o PlanBio Pará estão investindo em conectividade, saneamento e assistência técnica para manter comunidades na floresta. Dona Nena, por exemplo, destaca a falta de água tratada e saúde como barreiras. Resolver esses problemas é essencial para evitar o êxodo rural e o desmatamento. Comparado a países como a Costa Rica, que integrou bioeconomia com infraestrutura, o Pará está no caminho certo. Veja mais em wribrasil.org.br.

7. Conservação da biodiversidade com lucro

Obras do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia - Foto: Igor Mota/Agência Pará
Obras do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia – Foto: Igor Mota/Agência Pará

A bioeconomia na Amazônia prova que é possível lucrar sem destruir. Estudos apontam que cadeias produtivas sustentáveis podem gerar R$ 170 bilhões até 2040 no Pará, mantendo a floresta em pé. Projetos como o do cacau de dona Nena ou o uso de castanha-do-pará para bioplásticos mostram que a biodiversidade é um ativo econômico. Comparado ao desmatamento, que gera lucros de curto prazo, a bioeconomia oferece benefícios duradouros. Para mais sobre conservação, confira worldwildlife.org.

Por que a bioeconomia importa?

A bioeconomia não é só sobre números — é sobre pessoas como dona Nena, que transformam recursos naturais em oportunidades. No Pará, ela está criando empregos, combatendo as mudanças climáticas e atraindo investimentos globais. Com a COP30 em 2025, o mundo verá como a Amazônia pode liderar a economia verde.

 


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