Maioria dos brasileiros apoia regulação das redes sociais, aponta pesquisa

Autor: Redação Revista Amazônia

Uma pesquisa nacional realizada pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados revelou que 60% dos brasileiros são favoráveis à regulação das redes sociais. O estudo, divulgado nesta terça-feira (4), apontou que 29% dos entrevistados se opõem à medida, enquanto 12% não se manifestaram sobre o tema. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, com idades a partir de 16 anos, em todas as 27 unidades da Federação, entre os dias 10 e 15 de janeiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Entre os que apoiam a regulação, metade (30% do total) condiciona seu apoio à garantia de que a liberdade de expressão não seja limitada no ambiente digital. Outros 46% (equivalente a 28% da população total) defendem a regulação mesmo que ela possa, em alguns casos, restringir a liberdade de expressão. Os demais apoiam a medida de forma genérica, mas não souberam se posicionar sobre o impacto na liberdade de expressão.

Combate a conteúdos prejudiciais

A pesquisa também destacou que 61% dos brasileiros acreditam que a regulação é essencial para combater a disseminação de conteúdos antidemocráticos, discursos de ódio, racistas, machistas e LGBTfóbicos na internet. Por outro lado, 29% discordam dessa visão, e 10% não se posicionaram.

o impacto das redes sociais na autoestima

Além disso, 78% dos entrevistados afirmaram que as plataformas digitais devem assumir mais responsabilidade por suas atividades do que atualmente. Enquanto isso, 14% discordam dessa opinião, e 8% não se manifestaram. A pesquisa ainda mostrou que 64% dos brasileiros veem a regulação como uma ferramenta importante para combater a desinformação nas redes, enquanto 25% pensam o contrário, e 11% não opinaram.

Checagem de informações e liberdade de expressão

Outro dado relevante do estudo é que 73% dos brasileiros consideram a checagem de informações feita por algumas plataformas uma medida importante para combater notícias falsas e discursos de ódio. Já 19% discordam, e 9% não se posicionaram.

No entanto, 65% dos entrevistados defendem que a análise do conteúdo também deve ser feita pelos usuários, como forma de garantir a liberdade de expressão. Por outro lado, 25% têm opinião contrária, e 11% não se manifestaram.

Impactos das redes sociais

As redes sociais são uma ferramenta poderosa que revolucionou a forma como nos comunicamos, aprendemos e nos relacionamos. No entanto, seu impacto depende do uso que cada pessoa faz dessas plataformas. Enquanto alguns encontram oportunidades e conexões valiosas, outros podem sofrer com os efeitos negativos, como problemas de saúde mental e exposição a riscos.

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O equilíbrio e a conscientização sobre o uso responsável são fundamentais para maximizar os benefícios e minimizar os danos. Além disso, a regulação e a responsabilidade das plataformas em moderar conteúdos e proteger os usuários são temas urgentes para garantir um ambiente digital mais seguro e saudável.

Impactos Negativos

  1. Saúde Mental e Bem-Estar
    • O uso excessivo das redes sociais tem sido associado a problemas como ansiedade, depressão, solidão e baixa autoestima.
    • A comparação constante com a vida “perfeita” apresentada por outros usuários pode gerar insatisfação e frustração.
    • A busca por likes e validação pode criar dependência emocional.
  2. Exposição à Desinformação e Fake News
    • A rápida disseminação de notícias falsas e conteúdos enganosos pode influenciar opiniões, decisões e até comportamentos políticos.
    • A falta de checagem de fontes contribui para a polarização e a disseminação de teorias da conspiração.
  3. Cyberbullying e Discursos de Ódio
    • O anonimato e a distância física facilitam comportamentos agressivos, como bullying, assédio e discursos de ódio.
    • Vítimas de cyberbullying podem sofrer consequências graves, como isolamento social e problemas psicológicos.
  4. Vício e Perda de Produtividade
    • O design das redes sociais é pensado para prender a atenção do usuário, o que pode levar ao vício e ao uso compulsivo.
    • Muitas pessoas perdem horas rolando feeds, o que impacta negativamente a produtividade no trabalho ou nos estudos.
  5. Invasão de Privacidade e Exposição Excessiva
    • O compartilhamento excessivo de informações pessoais pode colocar os usuários em risco, como exposição a golpes, roubo de dados e até crimes físicos.
    • Plataformas coletam dados dos usuários para fins comerciais, levantando questões éticas sobre privacidade.
  6. Impacto nas Relações Interpessoais
    • O uso excessivo de redes sociais pode prejudicar relacionamentos reais, com pessoas priorizando interações virtuais em detrimento de conexões presenciais.
    • Discussões online podem gerar conflitos e desentendimentos que afetam amizades e famílias.

Impacto nas Gerações

  • Crianças e Adolescentes:
    • São os mais vulneráveis aos efeitos negativos, como exposição a conteúdos inadequados, cyberbullying e vício em redes.
    • Por outro lado, também são os que mais se beneficiam de ferramentas educativas e de socialização.
  • Adultos:
    • Podem sofrer com a pressão por uma imagem profissional ou pessoal “perfeita”, além de lidar com a desinformação e o excesso de informações.
    • No entanto, também usam as redes para networking, educação e entretenimento.
  • Idosos:
    • Muitos têm aderido às redes sociais para se conectar com familiares e amigos, mas podem ser mais suscetíveis a golpes e fake news.

A pesquisa realizada pela Nexus reforça o debate sobre o papel das redes sociais na sociedade e a necessidade de equilibrar a liberdade de expressão com a responsabilidade das plataformas em moderar conteúdos prejudiciais.


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