Durante a COP30, que acontece entre 10 e 21 de novembro em Belém (PA), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz um chamado global: proteger as pessoas na linha de frente da crise climática, garantindo que nenhum grupo vulnerável seja deixado para trás.
Para a instituição, a ação climática precisa ser centrada nas pessoas, justa e inclusiva, considerando tanto quem luta para permanecer em seus territórios quanto aqueles que precisam se deslocar por causa dos impactos ambientais.

“As decisões tomadas em Belém devem colocar as pessoas — não apenas as metas — no centro da ação climática”, afirma a OIM em nota oficial.
O deslocamento humano como consequência da crise climática
Segundo dados recentes da OIM, mais de 45 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas em 2024 por causa de desastres naturais — o maior número já registrado.
Secas prolongadas, enchentes, tempestades, ondas de calor e elevação do nível do mar têm destruído comunidades inteiras e forçado deslocamentos internos em diferentes regiões do planeta.
A organização alerta que a mobilidade climática já é uma realidade global e que governos precisam garantir que migrar seja uma escolha segura, e não uma medida desesperada.
“O financiamento climático deve chegar a quem mais precisa — para que famílias possam se adaptar, reconstruir suas vidas ou se deslocar com dignidade quando necessário”, destaca a nota.
O Pavilhão da OIM na COP30
A OIM participa da conferência em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e a Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável.
Seu pavilhão na COP30 reunirá experiências e histórias de diversas partes do mundo, mostrando como comunidades estão transformando os desafios da crise climática em iniciativas de resiliência e inovação.
Os visitantes poderão:
Ouvir relatos diretos de pessoas que enfrentam os impactos climáticos no dia a dia — de líderes indígenas a famílias deslocadas;
Conhecer projetos liderados por jovens que transformam ideias locais em soluções globais;
Acompanhar painéis técnicos com especialistas discutindo como a mobilidade humana pode fortalecer as estratégias de adaptação climática.
“As comunidades afetadas não devem apenas ser ouvidas, mas liderar as decisões que moldam seu próprio futuro”, reforça a organização.
Um apelo humanitário e urgente
A OIM ressalta que a ação climática precisa ultrapassar as negociações técnicas e se conectar com realidades humanas.
Com milhões de pessoas já deslocadas, e outras ameaçadas por eventos extremos, o tempo para agir é agora.
“Podemos transformar ambição em ação — e construir um mundo onde ninguém seja deixado para trás”, conclui a OIM.


































