A cidade de Belém, capital do Pará, se prepara para sediar um dos encontros mais relevantes do ano na pauta socioambiental: o II Seminário – Diálogos para a COP30. Com uma programação diversificada e profundamente enraizada na realidade amazônica, o evento acontecerá nos dias 28 e 29 de maio, das 8h às 18h, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.
Pela primeira vez na história, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) será realizada no Brasil, e mais do que isso: será sediada no coração da maior floresta tropical do planeta. Diante desse marco, o seminário surge como espaço fundamental de escuta, reflexão e articulação entre diferentes setores da sociedade amazônida.
Com palestras, espetáculos culturais, painéis temáticos, oficinas e participação ativa de estudantes, cooperativas e movimentos sociais, o evento promete ser um momento de construção coletiva e troca de saberes para pensar a Amazônia a partir da Amazônia.
Educação ambiental em destaque
Entre os destaques da programação estão as palestras de duas grandes referências nacionais na área ambiental:
- Prof. Dr. Marcos Sorrentino, Diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Governo Federal, trará uma visão estratégica sobre o papel da educação na construção de políticas públicas voltadas à sustentabilidade.
- Profa. Dra. Maria Ludetana Araújo, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA), compartilhará sua trajetória e pesquisas voltadas à intersecção entre educação, território e justiça climática.
Cultura e arte como instrumentos de transformação
A programação do seminário também contempla a potência da arte como ferramenta de sensibilização e engajamento social. Dois espetáculos serão apresentados durante o evento:
- “CirculAÇÕES”, encenado pelo ETDUFPA, explora narrativas sobre o corpo, o ambiente urbano e os ciclos da natureza, promovendo uma reflexão sensível sobre o consumo e o descarte.
- “Maga Curumim”, espetáculo do Dirigível Coletivo de Teatro, propõe uma imersão lúdica no universo infantil amazônico, resgatando elementos da cultura regional e chamando atenção para a preservação da floresta.
O protagonismo das cooperativas de catadores
Um dos pontos altos do seminário será o painel “Diálogo com as Cooperativas de Catadores”, reunindo representantes das cooperativas CONCAVES, Filhos do Sol, ARAL e ACCSB. A proposta é valorizar o trabalho dos catadores como agentes fundamentais da gestão de resíduos sólidos e da economia circular, especialmente em contextos urbanos da Amazônia.
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O debate abordará os desafios enfrentados por essas cooperativas, as conquistas recentes e os caminhos para ampliar sua atuação com dignidade, inclusão e sustentabilidade.
Educação da floresta à cidade
Outro momento relevante será o painel “Escola do Campo, das Águas e das Florestas”, que abordará como a educação pública pode contribuir de forma concreta para o enfrentamento das mudanças climáticas. Destaque para o relato de experiência do Prof. Esp. Élison Coutinho Ferreira, diretor da Escola Municipal Milton Monte, que apresentará o Programa Coleta Mais Belém – uma iniciativa que alia aprendizado, coleta seletiva e consciência ambiental no cotidiano escolar.
O evento também contará com a participação ativa de estudantes do 6º ano da Escola Municipal UP FAVEIRA, reafirmando a importância do protagonismo juvenil na construção de políticas climáticas de base comunitária.
Oficinas inaugurais e saberes compartilhados
A abertura oficial das oficinas do seminário reunirá nomes expressivos do ativismo ambiental e social da região:
- Miguel Chikaoka, referência nacional em educação e arte com a fotografia;
- Representantes do MMIB – Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém;
- Prof. Marcelo Carvalho, da Cooperativa ARAL;
- Membros da CONCAVES e da BioConsultoria Sustentável;
- Daniel Ops, articulador e educador ambiental.
Esses nomes liderarão oficinas que vão desde práticas de reaproveitamento e compostagem até estratégias de mobilização em comunidades ribeirinhas, mostrando que a educação ambiental não é apenas teoria – é prática, é vivência, é luta diária.
Um convite à participação cidadã
O seminário não é apenas um evento para especialistas ou gestores públicos. Pelo contrário, ele se propõe como um espaço aberto ao público, gratuito e inclusivo, onde todos e todas são convidados a contribuir com suas ideias, dúvidas e experiências. A proposta é construir, a muitas mãos, um entendimento coletivo sobre o papel da Amazônia na resposta global às emergências climáticas – e sobre como cada cidadão pode fazer parte dessa resposta.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas pela plataforma Even3, por meio do link:
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Belém sedia o II Seminário Diálogos para a COP30 nos dias 28 e 29 de maio, com palestras, painéis, espetáculos e oficinas sobre educação ambiental e gestão de resíduos na Amazônia.
Imagens sugeridas para ilustrar a matéria:
- Foto panorâmica do Hangar – Centro de Convenções da Amazônia durante evento, com destaque para estandes e público.
- Imagem de oficina de educação ambiental com crianças ou catadores, demonstrando práticas de reciclagem ou compostagem.
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