Diálogos Amazônicos começaram nesta sexta-feira


Nos dias 4, 5 e 6 os povos amazônidas terão oportunidade de debater, em Belém, no Pará, os desafios e as potencialidades da região que abriga a maior floresta tropical do planeta. O evento coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores terá cinco plenárias-síntese para 3 mil pessoas cada. Os resultados dos debates de cada plenária servirão como base para a produção de cinco relatórios que serão entregues aos presidentes dos países amazônicos presentes à Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto.

“Os Diálogos Amazônicos são um processo extremamente rico de debate. São os movimentos sociais de todos os países amazônicos, mais o Brasil, colocando seu olhar sobre os problemas, sobre as potencialidades e sobre as possibilidades da floresta amazônica. E nesse processo de interação com a cúpula dos países. Então o que será feito nos diálogos, ele será apresentado na Cúpula para os chefes de Estado. Eu acho que temas como a mudança do clima, como os povos indígenas da Amazônia e uma necessidade de um projeto de inclusão para a região, esse processo de debate acerca da agroecologia e dos trabalhadores que sobrevivem da floresta, a necessidade do combate ao garimpo ilegal. Eu acho que esses temas são temas que têm necessidade de serem debatidos e que com certeza ganharão protagonismo nesse processo.” explicou Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Os Diálogos Amazônicos devem reunir cerca de 10 mil pessoas durante os três dias do evento no Hangar Centro de Convenções e Feiras, na capital do Pará. No dia 4, das 13h às 16h, acontece a plenária transversal que terá como tema “Mulheres na Panamazônia – Direitos, Corpos e Territórios por Justiça Socioambiental e Climática”. Das 16 às 19h, será a plenária-síntese sobre a participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território. A partir das 19h será feita a cerimônia de abertura, com a participação de ministras, ministros, governador, prefeito e parlamentares.

O ministro Márcio Macêdo ressalta a importância da participação da sociedade no processo de contribuição com soluções que subsidiem as decisões estratégicas que serão tomadas no ambiente do Governo e que poderão se complementar a um projeto bem sucedido para a Amazônia.

SAÚDE

Os diálogos continuarão no dia 5 de agosto com a plenária-síntese que aborda o tema “Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes”, das 9h às 12h. No início da tarde será a vez da plenária transversal sobre juventudes que acontece entre 13h e 16h. “Como pensar a Amazônia para o futuro a partir da ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica e transição energética” será o tema do debate da terceira plenária-síntese, que será realizada entre 17 e 20h.

Já no último dia dos Diálogos será a vez da “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional” entrar na pauta da quarta plenária-síntese, entre 9h e 12h. A plenária transversal do dia, de 13h às 16h. tratará sobre as “Amazônias Negras e: Racismo Ambiental, Povos e Comunidades Tradicionais”.  Encerrando o evento, a quinta e última plenária-síntese vai debater a inclusão dos povos indígenas. A plenária, entre 17 e 20h, finalizará toda a programação dos Diálogos.

A partir de tudo o que for discutido nos Diálogos, especialmente nas plenárias-síntese, serão produzidos cinco relatórios que serão entregues aos presidentes dos países presentes à Cúpula da Amazônia e poderão orientar a implantação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável de toda a região.

“Estamos certos de que a iniciativa brasileira de ouvir os anseios dos povos da floresta é um marco histórico e a partir dele, teremos uma nova fase de desenvolvimento para a Amazônia. Um desenvolvimento que atenda aos anseios dos povos que habitam a floresta, quer na beira dos rios, nas aldeias, nas cidades, em cada canto da região” finalizou o ministro Márcio Macêdo.


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