Entendendo a Mpox: Informações da OPAS

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Autor: Redação Revista Amazônia
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A mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, é uma zoonose provocada pelo vírus mpox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus. A doença se manifesta principalmente através de erupções cutâneas, que costumam aparecer no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Existem duas variantes geneticamente distintas do vírus mpox: uma originária da Bacia do Congo, na África Central, e outra da África Ocidental. Dentre essas, a cepa da África Ocidental tende a causar infecções menos graves em comparação à cepa da Bacia do Congo.

Transmissão

A mpox é transmitida tradicionalmente pelo contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais ou lesões na pele de animais infectados. A transmissão entre humanos, conhecida como transmissão secundária, pode ocorrer de maneira semelhante: através de contato direto com lesões na pele ou fluidos corporais, como pus ou sangue. As crostas das lesões são especialmente contagiosas. Objetos como roupas, roupas de cama, toalhas ou utensílios domésticos que tenham sido contaminados pelo vírus ao entrar em contato com uma pessoa infectada também podem servir como meio de transmissão.

O vírus pode ainda ser transmitido de uma gestante para o feto pela placenta, ou de um progenitor infectado para uma criança durante ou após o nascimento, através do contato pele a pele. Entretanto, ainda não está totalmente claro se pessoas assintomáticas podem transmitir a doença.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para a infecção por mpox. Em geral, os sintomas desaparecem espontaneamente sem a necessidade de intervenção médica. O manejo clínico deve focar em aliviar os sintomas, tratar complicações e prevenir sequelas a longo prazo. Recomenda-se cuidar das erupções cutâneas, permitindo que sequem naturalmente ou cobrindo-as com curativos úmidos para proteger a área afetada. É importante evitar tocar nas lesões, especialmente nas que estão localizadas na boca ou nos olhos. Para esses casos, enxaguantes bucais e colírios podem ser usados, desde que não contenham cortisona. Além disso, um antiviral desenvolvido inicialmente para a varíola, o tecovirimat (comercializado como TPOXX), foi aprovado em janeiro de 2022 para o tratamento da mpox.

Resposta da OPAS

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem apoiado os Estados Membros com ações de vigilância, preparação e resposta aos surtos de mpox nos países afetados.

Com a disseminação de casos de mpox em diversas regiões, dentro e fora das Américas, a OPAS ativou seus Procedimentos Padrão de Emergência (SEPs) e formou uma equipe de gestão de incidentes para assegurar uma resposta rápida ao surto e liderar os esforços de preparação nos países membros.

Além disso, em parceria com outras organizações estratégicas na região, a OPAS lançou uma estratégia de resposta e mobilização de doadores para continuar oferecendo suporte aos países da América Latina e Caribe.

Em resposta à emergência, a OPAS foi pioneira dentro da OMS ao disponibilizar vacinas para os países da região. As primeiras remessas foram distribuídas com base na situação epidemiológica relatada por cada país, garantindo que os recursos fossem destinados onde eram mais necessários.


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