O Equador se prepara para enfrentar um apagão nacional, tornando-se o primeiro país da região amazônica a adotar tal medida em resposta à grave seca que assola o país. O apagão aconteceu na noite de quarta-feira (18), das 22h até as 6h de quinta-feira, no horário local, o que corresponde de 0h às 8h no horário de Brasília.
A iniciativa tem como objetivo realizar uma “manutenção preventiva” tanto no Sistema Nacional de Transmissão quanto na rede de distribuição de energia, conforme comunicado oficial divulgado pelo governo no domingo. O custo total previsto para essas intervenções é de aproximadamente 1,19 milhão de dólares na transmissão e 1 milhão de dólares na distribuição de energia.
Crise hídrica e energética no país
A decisão ocorre em meio a uma severa crise hídrica, que afeta diretamente as hidrelétricas equatorianas, responsáveis pela maior parte da geração de eletricidade no país. A escassez de chuvas diminuiu drasticamente o volume de água nas represas, levando o governo de Daniel Noboa a adotar medidas urgentes para evitar um colapso completo no fornecimento de energia elétrica.
No comunicado, o governo destacou que o cronograma do apagão foi pensado para reduzir ao máximo os impactos na rotina da população e na economia. “Esse planejamento foi feito com responsabilidade, visando não prejudicar a vida diária dos equatorianos nem a produtividade do país”, afirma a nota oficial.
Desafios e soluções
A gestão de Noboa já vinha lidando com desafios no setor energético, incluindo interrupções no fornecimento de energia em junho, causadas por falhas nas linhas de transmissão e pela falta de manutenção adequada.
A situação no Equador lança um alerta para outros países da Amazônia, como Brasil e Peru, que também enfrentam as consequências do agravamento das mudanças climáticas e da crise hídrica. O episódio reforça a urgência de se buscar soluções sustentáveis para a crescente crise energética e hídrica na região, crucial para o equilíbrio climático global.