No limiar de uma encruzilhada ambiental histórica para o Brasil, instituições de peso como o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) uniram forças em um esforço colaborativo sem precedentes. O resultado é um documento estratégico “Cenários Estratégicos para a Ampliação do Conhecimento Científico e Proteção da Biodiversidade da Foz do Rio Amazonas”, que será entregue ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O objetivo é claro: apresentar um roteiro robusto para a preservação de uma das ecorregiões mais ricas e vitais do planeta.
Este plano, forjado a partir da união de cientistas, líderes comunitários, gestores públicos e representantes da sociedade civil do Amapá, Maranhão, Pará e São Paulo, emerge em um contexto de urgência, especialmente diante do debate sobre a exploração de petróleo na área. A proposta não se restringe a uma única ação, mas articula uma visão holística que integra a proteção ambiental, o desenvolvimento sustentável e a justiça social.

Um Novo Rumo para a Foz do Amazonas
Em um momento crucial para o futuro ambiental do Brasil, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) uniram-se em um esforço notável. O resultado é um documento estratégico que traça um caminho para proteger a biodiversidade da Foz do Rio Amazonas, uma das ecorregiões mais vitais do planeta. Forjado a partir do conhecimento de cientistas, líderes comunitários, gestores públicos e a sociedade civil do Amapá, Maranhão, Pará e São Paulo, o plano surge como uma resposta urgente ao debate sobre a exploração de petróleo na área. Em vez de uma única solução, a proposta articula uma visão completa, unindo proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e justiça social.

O Coração da Amazônia: Ciência, Saberes e Vida
A Foz do Amazonas é um encontro monumental entre o maior rio do mundo e o oceano Atlântico, uma “convergência vital entre a Amazônia Verde e a Amazônia Azul”, como destaca Alexander Turra, professor da USP. A área é um tesouro de biodiversidade, lar da maior floresta de manguezais contínua do mundo, recifes únicos e espécies ameaçadas como tartarugas marinhas e baleias. Para além de sua riqueza natural, é um território ancestral, onde comunidades indígenas, quilombolas e pescadores mantêm uma conexão profunda e milenar com o ambiente.
“O que está em jogo aqui não é apenas um ecossistema “é o futuro das próximas gerações”, ressalta Nils Edvin Asp, da Universidade Federal do Pará. O documento defende que a proteção desses territórios, aliada ao reconhecimento e à participação das comunidades que os habitam, é fundamental para garantir o equilíbrio ambiental e a justiça social.
Com o Brasil se preparando para sediar a COP 30 em Belém, o lançamento deste relatório se torna ainda mais significativo, servindo como um marco para um debate nacional e global sobre a necessidade de conciliar a ciência, os saberes tradicionais e a gestão pública em prol de um futuro mais justo e sustentável.
Leia aqui o documento na íntegra: IEA001_BOOK_vFINAL
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