Ferramenta Online Mede Impacto Climático em Qualquer Ponto do Oceano Escolhido Pelo Usuário


Recentemente, a temperatura da água no litoral do Rio de Janeiro atingiu 25°C em algumas áreas do alto-mar, um aumento de 2,4°C em relação à média histórica para a região. Este aquecimento, fortemente influenciado pelas atividades humanas, se tornou até 200 vezes mais provável, de acordo com dados do Climate Shift Index: Oceans. A ferramenta, lançada pelo grupo de cientistas do Climate Central, nos Estados Unidos, permite acompanhar o impacto das mudanças climáticas nos oceanos.

Esses números revelam uma situação preocupante nos mares, que parecem estar aquecendo mais rapidamente que a terra. Este ano, medições de agências renomadas como a NOAA e Copernicus registraram temperaturas recordes mês após mês, com valores se aproximando de 1,5°C acima do esperado.

O índice, conhecido como “Ocean CSI”, está disponível online e pode ser acessado por qualquer pessoa. A ferramenta oferece dados sobre a temperatura da água em qualquer ponto dos oceanos, destacando regiões onde as anomalias climáticas são mais evidentes. Além disso, a plataforma exibe mapas que ilustram as áreas mais afetadas pelo aquecimento global. Vale ressaltar que os dados fornecidos não são em tempo real

Cientistas americanos introduziram recentemente o termo “superondas de calor marinhas” para descrever o impacto sem precedentes das altas temperaturas nos oceanos em 2023. Segundo eles, essa nova nomenclatura reflete a intensidade dessas anomalias.

De acordo com a NOAA, mais de um terço dos oceanos globais foi afetado por uma onda de calor marinha em junho deste ano. No Atlântico Norte tropical, as condições extremas devem persistir até outubro, segundo especialistas.

O Ocean CSI também monitora a formação de furacões. Dados do Climate Central indicam que as mudanças climáticas aumentaram em até 400 vezes a probabilidade de surgimento das águas quentes que alimentaram o furacão Beryl, em julho.

Nos Estados Unidos, o primeiro furacão da temporada de 2024 no Atlântico causou aproximadamente US$ 6 bilhões (R$ 32,8 bilhões) em prejuízos e deixou ao menos 37 mortos após atingir o Texas em 8 de julho.

A ferramenta permite que os usuários personalizem áreas de interesse no mapa e façam o download de imagens com os dados, incluindo formatos adequados para uso em noticiários de TV.

Fonte: Um Só Planeta


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