A Climate Tracker América Latina e a Oxfam abriram inscrições para o evento virtual “Rumbo à COP30: chaves para jornalistas da América Latina”, que será realizado no dia 14 de outubro de 2025. A proposta é oferecer um espaço de formação e troca de experiências para comunicadores da região, com o objetivo de ampliar a qualidade e a profundidade da cobertura jornalística da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém do Pará.

A iniciativa surge em um momento decisivo: a COP30 promete ser um dos encontros mais relevantes da diplomacia climática global, e a forma como a América Latina contará sua própria história nesse processo terá impacto direto no debate internacional. O encontro, gratuito e em espanhol, terá duração de 90 minutos, transmitido pela plataforma Zoom, e está com inscrições abertas até o próprio dia da realização.
Um olhar regional para a COP30
O evento propõe refletir sobre os desafios e oportunidades que a América Latina enfrenta diante da crise climática. A agenda inclui um panorama regional, destacando os dilemas que vão desde a transição energética até a proteção das florestas tropicais, passando pelo papel dos povos indígenas e das comunidades locais. Mais do que informar, o objetivo é criar um espaço de análise crítica que conecte decisões globais aos contextos concretos da região.
Um dos painéis centrais, “Como narrar a COP30 desde a América Latina”, reunirá jornalistas que já cobriram cúpulas internacionais para compartilhar experiências, erros, acertos e métodos de reportagem. A proposta é capacitar comunicadores a contar histórias que mostrem a relevância do evento para o cotidiano da população latino-americana, conectando o debate internacional à vida real das comunidades.

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Ferramentas práticas e diálogo aberto
Além das análises e painéis, o encontro oferecerá um guia prático para jornalistas: desde informações sobre credenciamento e logística da COP30 até redes de apoio e plataformas de recursos disponíveis. Haverá também um espaço de perguntas e respostas, aproximando comunicadores de especialistas em política climática, biodiversidade e justiça ambiental.
Essa interação direta pretende não apenas esclarecer dúvidas técnicas, mas também inspirar coberturas mais humanas, que traduzam a complexidade das negociações climáticas em narrativas acessíveis para os cidadãos.
Quem participa
Entre os nomes confirmados estão:
Paula Díaz Levi (Climate Tracker): jornalista de ciência e meio ambiente com atuação em veículos internacionais e organizações de conservação.
Mariana Estrada (ONU Mudança Climática): oficial de comunicações para América Latina e Caribe, especialista em incidência política, direitos humanos e justiça climática.
Isabel Alarcón: jornalista independente equatoriana, referência em coberturas ambientais, premiada com o Eugenio Espejo de jornalismo em 2024.
Francisco Parra (Climate Tracker América Latina): diretor da rede regional e jornalista especializado em meio ambiente, com trajetória em redações do Chile e do exterior.
Sebastián Rodríguez (Climate Home News): editor de projetos especiais, com publicações em veículos como The Guardian, Reuters e Mongabay, e vencedor do Prêmio Huella Jaguar.
Laura Juliana Arciniégas (Transforma): especialista em direito ambiental e comunicação estratégica, com mais de dez anos de experiência em negociações multilaterais.
Por que participar
A formação não é apenas uma oportunidade técnica. É também um chamado para que jornalistas da região assumam um papel estratégico na COP30: dar voz às experiências latino-americanas e mostrar como as decisões tomadas em Belém podem transformar políticas públicas, economias locais e a vida de milhões de pessoas.
Ao participar, comunicadores terão acesso a ferramentas práticas, mas também a uma rede de especialistas e colegas que compartilham a mesma missão: ampliar o olhar crítico e conectar as realidades locais aos desafios globais.
A Climate Tracker América Latina e a Oxfam, organizadoras do evento, reforçam que a proposta é construir uma cobertura jornalística mais colaborativa, diversificada e comprometida com a urgência da crise climática.
Em tempos em que a informação molda percepções e influencia decisões políticas, preparar jornalistas para traduzir a complexidade da COP30 em narrativas acessíveis é, sem dúvida, uma das tarefas mais estratégicas rumo a um futuro mais sustentável.



































