Nem tudo que é saudável para nós também faz bem aos animais. Frutas, por exemplo, são cheias de nutrientes, mas algumas podem ser perigosas para cães e gatos. Saber quais delas são seguras e quais evitar é essencial para garantir uma alimentação equilibrada e livre de riscos para os pets. Neste guia, vamos listar frutas liberadas, indicar quantidades ideais e destacar os cuidados que você deve ter ao oferecê-las ao seu companheiro de quatro patas.
Frutas seguras para pets: conheça as opções liberadas
Várias frutas podem ser oferecidas a cães e gatos, desde que em pequenas quantidades e com os devidos cuidados. A maçã é uma das favoritas, tanto pelo sabor quanto pelo baixo teor calórico. Rica em fibras e vitaminas A e C, é indicada para auxiliar na digestão, mas deve ser servida sem sementes — que contêm cianeto.
Outra fruta muito segura e nutritiva é a banana. Ela contém potássio, fibras e vitamina B6. Ajuda a regular o intestino e ainda costuma ser muito bem aceita pelos cães. Já os gatos, mais seletivos, podem rejeitá-la — e tudo bem: forçar um alimento que o animal não quer pode gerar aversão alimentar.
A melancia também é uma excelente pedida, principalmente nos dias quentes. Por conter muita água, é refrescante e auxilia na hidratação, além de ser fonte de vitamina A. Só lembre de retirar as sementes e a casca antes de oferecer ao animal.
Frutas que ajudam no intestino e na hidratação dos pets
Frutas ricas em fibras, como mamão e pera, são boas aliadas no bom funcionamento do intestino dos pets. O mamão é conhecido por conter papaína, uma enzima que favorece a digestão. Já a pera, além de ajudar na regulação intestinal, tem baixo índice glicêmico — ótimo para animais com tendência à obesidade.
O coco, especialmente a água de coco natural, pode ser oferecido com moderação. Rico em eletrólitos, ajuda na hidratação e na reposição de minerais. No entanto, por conter gordura, a polpa deve ser oferecida apenas em pequenas quantidades para não causar diarreia.
Morangos também entram na lista de frutas permitidas. Eles são ricos em antioxidantes, vitamina C e fibras. Mas, assim como todas as frutas, devem ser oferecidos frescos e sem açúcar ou aditivos.
Frutas perigosas: o que deve ser evitado
Embora pareçam inofensivas, algumas frutas contêm substâncias tóxicas para cães e gatos. A uva e a uva-passa, por exemplo, estão entre os alimentos mais perigosos para os pets. Mesmo pequenas quantidades podem causar insuficiência renal, especialmente em cães. O mecanismo ainda não é totalmente compreendido, mas os efeitos podem ser devastadores.
Abacate também deve ser evitado. Ele contém uma substância chamada persina, que é tóxica para muitos animais, incluindo cães, gatos, aves e coelhos. Em grandes quantidades, pode causar vômitos, diarreia e até problemas respiratórios.
Outro cuidado importante é com o caroço de frutas como pêssego, ameixa e cereja. Além do risco de engasgo ou obstrução intestinal, esses caroços contêm cianeto, uma toxina perigosa que pode afetar o sistema nervoso dos pets.
Como oferecer frutas de forma segura para seus pets
A forma como você oferece a fruta faz toda a diferença. Sempre lave bem antes de servir e retire sementes, cascas e caroços. Corte em pedaços pequenos, de fácil mastigação, e ofereça como petisco — nunca como substituto da alimentação principal.
Evite frutas processadas ou em calda, que geralmente contêm açúcar e conservantes nocivos. Frutas congeladas e naturais são ótimas opções para o calor, especialmente se servidas como picolés caseiros para pets.
Cães costumam aceitar frutas com mais facilidade do que gatos, que são carnívoros estritos. Ainda assim, alguns gatos podem gostar de pequenas porções, desde que a introdução seja feita de forma respeitosa e sem forçar.
Doses recomendadas e sinais de alerta
Frutas devem compor no máximo 10% da dieta diária do animal. Exageros podem causar diarreia, vômitos e, em casos extremos, quadros de pancreatite — especialmente em raças pequenas e sensíveis. Se for a primeira vez que o pet está provando determinada fruta, comece com uma porção mínima e observe a reação por 24 horas.
Fique atento a sinais como coceira, vermelhidão, apatia ou alterações no apetite. Em caso de qualquer reação adversa, suspenda o alimento e procure orientação veterinária.
Alimentação afetiva: um laço que se fortalece
Oferecer frutas aos pets vai muito além da nutrição. É um gesto de carinho, uma forma de fortalecer vínculos por meio da alimentação afetiva. Quando feita com consciência e respeito às necessidades da espécie, a introdução de novos alimentos pode enriquecer a rotina do animal, oferecendo estímulos sensoriais e emocionais.
Cada pet é único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Por isso, a chave está no equilíbrio, na observação e no amor — aquele ingrediente invisível que transforma um simples pedaço de maçã em um momento de conexão genuína.
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